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China: Laboratório deixa escapar bactéria da brucelose e infeta mais de 10 mil pessoas

A COVID-19 ainda está por abrandar e há já outro problema reportado na China relacionado com uma doença. Segundo as autoridades chinesas, mais de 10.500 pessoas contraíram brucelose, uma doença de origem animal, depois de a bactéria ter “escapado” de um laboratório biofarmacêutico.

O caso deu-se no noroeste da China, na cidade de Lanzhou, capital da província de Gansu.


Foi há mais ou menos um ano que as autoridades de saúde chinesas detetaram um homem com uma doença misteriosa. O doente deu entrada no hospital de Wuhan, a capital da província da China central. Em pouco mais de 3 meses era decretada no mundo uma pandemia que, hoje, já fez milhões de vítimas.

Agora, a cidade de Lanzhou, detetou cerca de 10.528 pessoas que contraíram brucelose, uma doença de origem animal. Conforme referiram as autoridades, citadas pelo jornal oficial “Global Times“, a bactéria terá escapado de um laboratório biofarmacêutico.

No momento, as autoridades já testaram um total de 79.357 habitantes. Até hoje, 1604 pessoas foram tratadas para a doença.

 

Descuido, incúria ou azar?

Segundo o que está a ser veiculado, um laboratório público da cidade terá usado um desinfetante fora de prazo, no verão de 2019, na produção de vacinas anti-brucelose para animais. Como resultado, a esterilização ficou incompleta e as bactérias ainda estavam presentes nas emissões de gases da empresa, a Unidade Biofarmacêutica de Lanzhou.

Pelas chaminés do laboratório terá sido expelido o gás contaminado que rapidamente se espalhou pelo ar. Poucos meses após o ocorrido, no Instituto de Investigação Veterinária, foram infetadas quase 200 pessoas, em dezembro do mesmo ano. Conforme é referido pelas autoridades, os pacientes vão ser indemnizados e a autorização para produção de vacinas contra a brucelose foi retirada ao laboratório.

A brucelose é uma doença transmitida por gado ou produtos de origem animal. Os sintomas provocados por esta doença são febres, cansaço, suores noturnos, anorexia, dores de cabeça, costas e articulações, podendo levar a um envolvimento hepático. Estes sintomas podem durar semanas ou meses. Apesar da sua baixa mortalidade, a doença pode evoluir para um estado crónico. A duração da doença muda consoante o tempo de prevalência dos sintomas.

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