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Blue Origin: Funcionários dizem que não voariam no novo foguetão

Os responsáveis pelas agências e empresas espaciais garantem, sempre que têm oportunidade, a segurança dos seus equipamentos, bem como a das suas viagens. Contudo, um novo artigo escrito por atuais e antigos funcionários da Blue Origin vem contrariar essa segurança.

Além de outras questões, o artigo põe em causa o compromisso da empresa de Jeff Bezos com a segurança.


Recentemente, um grupo de atuais e antigos funcionários da Blue Origin redigiu um artigo onde questiona o compromisso da empresa espacial de Jeff Bezos com a segurança. Aliás, os autores referem que não se sentiram suficientemente seguros para voar no foguetão da empresa quando deparados com a oportunidade.

Muitos de nós passaram a sua carreira a sonhar em ajudar a lançar um foguetão tripulado para o espaço e vê-lo chegar em segurança de volta à Terra. Mas quando Jeff Bezos voou para o espaço, em julho deste ano, não partilhámos a sua euforia. Em vez disso, muitos de nós assistimos com uma sensação avassaladora de mal-estar. Alguns de nós não suportaram de todo assistir.

Escreveram os funcionários da Blue Origin.

No artigo, os autores não listam os problemas de segurança do New Shepard da Blue Origin. Por sua vez, descrevem um ambiente de trabalho pautado por equipas sobrecarregadas que, apesar do aumento da carga de trabalho, não recebem aumentos salariais, nem reforços de mão de obra.

Segundo os funcionários da Blue Origina, esse ambiente, aliado à falta de regulamentação que abranja a segurança de uma indústria emergente, como a dos voos comerciais, forçou os trabalhadores a priorizar a velocidade, em detrimento da segurança. Portanto, a probabilidade de algo correr mal durante um voo é, segundo eles, forte.

A Blue Origin teve sorte de nada ter acontecido até agora. Muitos dos autores deste artigo dizem que não voariam num veículo de Blue Origin. E não admira – todos vimos a frequência com que as equipas são esticadas para além dos limites razoáveis.

Disse um engenheiro que contribuiu também para a elaboração do artigo.

Além da questão da segurança e da sobrecarga de trabalho, o artigo refere ainda que a Blue Origin é uma empresa onde impera o sexismo.

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