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Aquamação: Uma alternativa aos métodos funerários comuns mais amiga do ambiente

Aquando da morte de uma pessoa, os restos mortais são, normalmente, enterrados ou cremados. Contudo, existe uma outra alternativa chamada aquamação que pressupõe a decomposição desses na água.

O processo é também conhecido como biocremação, ressomação e cremação com água.


As cinzas do líder anti-apartheid Desmond Tutu, de 90 anos, foram enterradas no início deste ano, resultado de um pedido feito pelo próprio. De acordo com o Público, o arcebispo não queria um funeral ostensivo e, em vez de cremado, pediu que o seu corpo fosse submetido a aquamação – cujo nome técnico é hidrólise alcalina.

Embora este seja um método que existe desde os anos 1880, não é muito comum e, aliás, ainda não chegou à Europa.

 

O que é a aquamação?

Existem algumas alternativas disponíveis ao destino dos restos mortais de uma pessoa. As mais comuns são o enterro e a cremação, sendo que todos os leitores devem estar familiarizados quanto ao processo de cada uma. Ainda assim, esta última trata-se do método de queima do cadáver.

Embora seja muitas vezes considerada uma alternativa mais amiga do ambiente relativamente aos enterros tradicionais, a queima dos restos mortais implica um enorme gasto de energia, por forma a alimentar o fogo, e emite milhões de toneladas de dióxido de carbono, anualmente.

Assim sendo, existe uma outra opção chamada aquamação – ou biocremação, ressomação, ou cremação com água – que revela ser ainda melhor para o ambiente do que a cremação. Esta utiliza uma solução alcalina aquecida, por forma a decompor o corpo, deixando apenas o esqueleto.

Durante o processo, o corpo é colocado dentro de um recipiente pressurizado cheio com uma mistura de água e dióxido de potássio aquecida a cerca de 90 – 150º Celsius. À medida que a pressão dentro do recipiente aumenta, a solução quebra suavemente a matéria orgânica, em vez de ferver, durante várias horas.

Uma vez que o processo de aquamação não decompõe os ossos, estes são, posteriormente, secos no forno e transformados em pó. Assim como acontece com a cremação, o que resta é entregue aos familiares, depois de colocado numa urna.

[O processo utiliza] 90% menos energia que a cremação por chama e não emite quaisquer gases nocivos de efeito de estufa.

Esclareceu a Bio-Response Solutions, uma empresa americana especializada em aquamação.

A mistura utilizada durante o processo pode ser utilizada como fertilizante ou libertada em cursos de água.

 

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