A lista de países que têm vindo a suspender a vacina da AstraZeneca já é longa. Dinamarca, Áustria, Estónia, Lituânia, Luxemburgo e Letónia são alguns dos exemplos que já o tinham feito e mais recentemente a Alemanha, Itália e França seguiram o mesmo caminho.
Em Portugal continua a confiança nesta vacina, podendo ser administrada a pessoas de todas as idades. Mas, porque é que Portugal mantém a confiança?
A Alemanha foi o mais recente país a suspender a vacina contra a COVID-19 da AstraZeneca. Segundo informações, foram detetados novos casos de possíveis efeitos secundários após a administração da vacina. O Ministério da Saúde alemão afirmou que a decisão foi tomada por “precaução” em linha com as recomendações da agência reguladora Paul Ehrlich Institute, revela o Publico.
O ministério destacou que é agora da responsabilidade da Agência Europeia de Medicamentos decidir “se e como a nova informação irá afetar a autorização da vacina”, tendo afirmado ainda que os casos reportados estão associados à formação de coágulos sanguíneos em veias cerebrais, embora sem revelar mais detalhes sobre onde ou quando os incidentes ocorreram.
Andrew Pollard, diretor do Oxford Vaccine Group, que desenvolveu a vacina, referiu hoje que a vacina da Astrazeneca é segura, referindo que há “evidências muito tranquilizadoras de que não há aumento no fenómeno do coágulo sanguíneo aqui no Reino Unido, onde a maioria das doses na Europa foi administrada até agora”.
Na Europa são, para já, 13 os países que suspenderam o uso da vacina (ou do lote em questão): Áustria, Bulgária, Dinamarca, Estónia, Holanda, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, e Roménia. O lote que foi entregue na Dinamarca, foi entregue também em mais 16 países europeus. Segundo a RTP, Portugal não estava nesta lista.
Portugal mantém confiança na vacina da AstraZeneca
Neste domingo a Direção-Geral da Saúde e o Infarmed confirmaram a confiança na vacina da AstraZeneca. “A DGS e o INFARMED, I.P. informam que, com base nos dados atualmente disponíveis e enquanto decorre a investigação, se mantém válida a informação emitida, podendo a vacina continuar a ser administrada”
Em Portugal, adiantam, o Sistema de Farmacovigilância registou até hoje dois casos de eventos tromboembólicos após a tomada da vacina da AstraZeneca, “sendo que não apresentam o mesmo padrão clínico dos que se encontram em avaliação” pelo Comité de Segurança, PRAC, da Agência Europeia de Avaliação de Medicamentos (EMA).