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Portugal: Em 2018 bateram-se recordes ao nível das Energias Renováveis

Em março de 2018 a produção renovável foi suficiente para satisfazer o consumo total de eletricidade em Portugal Continental, com especial contribuição das tecnologias eólica e hídrica.

Graças aos renováveis foi possível reduzir emissões de 6 milhões de toneladas de CO2 e poupar 1,3 mil milhões de Euros de importações de combustíveis fósseis.


Em termos médios, 2018 foi marcado por uma incorporação renovável no consumo elétrico de 55,1%, o que corresponde a um aumento de 28% face a 2017.

Este facto advém duma maior produtividade das grandes hídricas que foi mais do dobro que em 2017, representando 24,1% do consumo. A tecnologia eólica representou uma produção de 12,3TWh, correspondentes a 24,3% do consumo, o que a tornou, pela primeira vez, a maior fonte de eletricidade em Portugal Continental.

Estes níveis de incorporação renovável proporcionam grandes benefícios económicos e ambientais para o País, de que se destacam:

2018 ficou marcado por…

Uma acentuada subida dos preços da eletricidade no mercado spot de eletricidade, tendo-se registado um valor médio anual de 57,4€/MWh que é superior em cerca de 18% ao valor médio de 2017. Este aumento deveu-se fundamentalmente ao:

De destacar que com mais eletricidade renovável, o preço será mais previsível e menor e menos vulnerável estará a economia portuguesa à volatilidade do preço dos combustíveis e do CO2, assim como às incertezas na disponibilidade das centrais nucleares da Europa Ocidental.

Pela negativa, saliente-se o decréscimo em 3,8% da produção fotovoltaica entre 2017 e 2018, o que representou apenas 1,6% do total da eletricidade consumida, quando deveria ser uma das vertentes mais importantes de crescimento da produção de eletricidade através de fontes renováveis, nomeadamente através da autoprodução que não tem sido devidamente fomentada.

Também o aumento do consumo de eletricidade em 2,5%, que será desejável ao longo das próximas décadas com a eletrificação dos usos de energia, atualmente é um reflexo de falta de medidas de eficiência energética.

Perspetivas para 2019

A APREN e a ZERO consideram crucial a implementação de um quadro regulamentar sólido que permita definir um plano estratégico para as políticas de energia e clima.

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