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Nova patente: Apple irá estender para outras áreas o seu serviço de satélite

A Apple estará já a projetar alargar a oferta de comunicações por satélite para lá do SOS Emergência. Pelo menos é o que sugere uma nova patente, assim como também ficou no ar depois da empresa ter investido 450 milhões de dólares do seu Fundo de Fabrico Avançado para o desenvolvimento de infraestruturas em parceria com a Globalstar.

O SOS de Emergência via Satélite foi lançado na terça-feira em quatro novos países europeus. A par disso, Apple viu concedida uma patente no mesmo dia que indicia haver planos da empresa para ir muito mais longe nas comunicações por satélite.


Apple recebe patente que pode mudar a forma de comunicar com o mundo

A Globalstar tem uma constelação de 24 satélites de segunda geração que opera na órbita baixa da Terra (LEO). Segundo o Wall Street Journal, 85% da capacidade desta rede está atribuída à Apple através de um acordo contratual, alcançado como resultado de negociações que datam de 2019.

Atualmente, a empresa de Cupertino tem já vários países a usufruir desta comunicação por satélites ao alcance dos terminais iPhone 14. Contudo, Apple quer ir mais além e esta patente mostra isso mesmo.

Enquanto o serviço de emergência está limitado às comunicações baseadas em texto, a patente da Apple descreve como poderia utilizar comunicações via satélite para voz, vídeo, entre outros conteúdos.

 

O trunfo da Apple veio do espaço

No evento de setembro, a Apple deu a conhecer o novo e revolucionário serviço de socorro, o SOS de Emergência via Satélite. A empresa, na apresentação descreveu-o da seguinte forma:

Se um utilizador não for capaz de chegar aos serviços de emergência porque não está disponível cobertura celular ou Wi-Fi, aparece no iPhone uma interface fácil de usar para obter ajuda do utilizador recorrendo a uma ligação via satélite. Um pequeno questionário aparece para ajudar o utilizador a responder a perguntas vitais com algumas simples questões. Estas são transmitidas aos socorristas na mensagem inicial, para garantir que eles são capazes de compreender rapidamente a situação e a localização de um utilizador […].

Seguindo o questionário, a interface intuitiva guia o utilizador para onde apontar o seu iPhone para se ligar e envia a mensagem inicial.

Esta mensagem inclui as respostas ao questionário do utilizador; localização, incluindo altitude; nível da bateria do iPhone; e Dados de Saúde se ativados. O questionário e as mensagens de localização são retransmitidos diretamente via satélite para os socorristas que aceitam mensagens de texto, ou para os centros de retransmissão de mensagens de texto, com especialistas treinados pela Apple que podem pedir ajuda em nome do utilizador.

A transcrição pode também ser partilhada com os contactos de emergência do utilizador para os manter informados.

Conforme foi referido, o serviço foi inicialmente lançado nos EUA e Canadá. Na terça chegou à Europa, mais concretamente ao Reino Unido, França, Alemanha, e Irlanda.

 

Os planos de satélite da Apple podem ir muito mais longe

Uma patente concedida no mesmo dia em que o serviço expandiu-se para mais países sugere que os planos de satélite da Apple podem ir além do texto e além da utilização de emergência.

Segundo a patente:

Os dados de comunicações via satélite transmitidos por transceptores #28 e radiadores de antena #30 podem incluir dados de meios de comunicação (por exemplo, streaming de vídeo, dados de televisão, dados de rádio por satélite, etc.), dados de voz (por exemplo, dados de voz por telefone), dados de Internet, e/ou quaisquer outros dados desejados.

Conforme foi referido, a Apple alocou 450 milhões de dólares para apoiar a funcionalidade de comunicações via satélite, um valor razoavelmente considerável mesmo pelos padrões da Apple para um serviço que será útil a uma pequena fração dos proprietários do iPhone. Mas se for o início de algo mais, então o investimento poderá parecer bastante modesto.

É claro que se aplica a habitual ambiguidade que conhecemos nas patentes da Apple. A empresa lança muitas ideias e algumas nunca chegam a produtos reais. Mas com as comunicações via satélite a evoluir da reserva dos aventureiros e proprietários de iates para os vulgares utilizadores da Internet, podemos acreditar que a empresa vai mesmo trazer esta funcionalidade aos meros mortais.

 

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