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Apple Watch salvou a vida ao videógrafo da CNET que é diabético

Não é novidade para ninguém que o Apple Watch é um equipamento extraordinário. De tal forma que tem sido creditado nele várias vidas salvas. A mais recente situação, e também diferente de outros casos que temos visto, está relacionada com alertas de níveis de glicemia perigosamente baixa. Diz o videógrafo da CNET que se não fosse o smartwatch da Apple, ele poderia não ter sobrevivido.

Neste caso em particular, o Apple Watch estava emparelhado com um sistema de monitorização da glicose. Este dispositivo verifica permanentemente os níveis através de um sensor “acoplado” ao corpo.

 


Existem mais de 100 milhões de Apple Watch ativos. É um dos equipamentos mais vendidos da empresa de Cupertino e aquele, a seguir ao iPhone, que provavelmente traz mais curiosidade aos utilizadores.

Quer o seu sistema de monitorização cardíaca, quer o sistema que vigia as quedas, além do próprio sistema de SOS, têm sido a salvação de muitos dos que confiam neste dispositivo. Que o diga Justin Eastzer, videógrafo da CNET que é diabético.

 

Apple Watch e monitorização contínua de glicose salvaram videógrafo

O produtor de vídeo da CNET, Justin Eastzer, diz que o conjunto de tecnologia, monitor de glicose contínuo (GCM) e Apple Watch, salvou-lhe a vida. O CGM detetou uma glicemia perigosamente baixa e o seu Apple Watch acordou-o com um alerta, mesmo a tempo…

Tenho diabetes tipo 1 e uso um monitor contínuo de glicose (CGM) que mede os meus níveis de açúcar no sangue. Se o meu açúcar no sangue ficar perigosamente baixo, posso desmaiar ou entrar em coma diabético. Felizmente, o meu CGM liga-se ao meu relógio e envia notificações antes que seja demasiado tarde. Esta funcionalidade salvou-me a vida há alguns meses.

Disse Justin Eastzer.

Segundo o que é relatado, Eastzer acordou com um aviso do Apple Watch referente ao nível perigosamente baixo de açúcar no sangue. De imediato, o homem foi até ao frigorífico, agarrou num sumo de laranja que conseguiu beber antes de desmaiar.

Passados alguns minutos, quando os níveis de açúcar voltaram ao normal, o homem recuperou a consciência.

Este foi um dos momentos mais assustadores da minha vida, e graças aos alertas do Apple Watch, consegui reagir o baixo nível de açúcar no sangue antes que fosse demasiado tarde.

Contou o colaborador da CNET.

Como funciona o monitor contínuo da diabetes?

Ao contrário dos monitores de glicose convencionais, que dependem do utilizador colher uma amostra (uma gota) de sangue em intervalos regulares, um CGM liga-se à pele e é deixado acoplado ao corpo para fazer leituras contínuas. Estes dados são enviados para uma aplicação dedicada num smartphone ou smartwatch.

Após o dispositivo monitor detetar alterações nos níveis normais do açúcar no sangue, este faz espoletar alertas através dos dispositivos ao qual está ligado através de bluetooth. Caso os níveis estejam demasiado baixos ou altos, o utilizador é alertado para que possa tomar as devidas ações.

Atualmente, o Apple Watch não tem esta verificação. Contudo, tal como já foi algumas vezes abordado, a Apple estará a trabalhar com algumas entidades para desenvolver quer a tecnologia, quer o método para o seu smartwatch ter esta capacidade nativa.

Especificamente, diz-se que a empresa está a trabalhar numa forma de o fazer de forma não invasiva – ou seja, sem a necessidade de perfurar a pele. Isto tem sido descrito como o Santo Graal para diabéticos.

 

Quando poderá a Apple ter esta tecnologia?

Como em tudo da Apple, datas e timings são incertos. Diz-se que a Apple está a trabalhar nisto desde 2012. Segundo um relatório publicado em 2017:

Tal iniciativa foi imaginada pela primeira vez por Steve Jobs e a Apple tem vindo a trabalhar nela desde há cinco anos. Jobs imaginou que a solução fosse integrada num dispositivo utilizável, tal como o Apple Watch […]

O relatório, citando três pessoas familiarizadas com o assunto, explica que a Apple contratou uma “pequena equipa” de engenheiros biomédicos para trabalhar na iniciativa. Diz-se que a equipa está sediada num escritório não identificdo nem referenciado em Palo Alto, Califórnia.

A iniciativa refere que a trabalhar está a trabalhar no desenvolvimento de sensores que possam monitorizar constantemente os níveis de açúcar no sangue para melhor tratar a diabetes. Embora a informação específica da linha do tempo não seja clara, a empresa está, segundo consta, suficientemente avançada nos testes de viabilidade que tem vindo a realizar.

Sendo uma tecnologia que iria mudar todo um paradigma e trazer ao Apple Watch um nível avançado de monitorização da saúde dos utilizadores, devemos acreditar que é complicado conseguir este nível de rigor nos sensores atuais. Caso contrário, o Apple Watch já o teria.

A deteção, que precisa dos níveis de glicose [não invasiva], tem sido um desafio tão grande que um dos maiores especialistas da área, John L. Smith, descreveu-o como “o desafio técnico mais difícil que encontrei na minha carreira”.

Ter sucesso custaria a uma empresa “várias centenas de milhões ou mesmo mil milhões de dólares”.

Disse o presidente executivo da DexCom, Terrance Gregg à Reuters numa entrevista onde o assunto foi abordado. Gregg é um alto responsável da empresa, que dedica a sua atividade ao desenvolvimento, fabrico e distribuição de sistema de monitorização contínua de glicose para controle da diabetes.

A Apple trabalha com universidades e outros organismos para conseguir apurar alguma tecnologia que já dedica ao controlo da diabates. Contudo, é noutras áreas, o principalmente na deteção de fibrilhação auricular, que tem ajudado muito os seus utilizadores.

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