Nos últimos anos, as grandes fabricantes de smartphones não têm conseguido esconder praticamente nada do que estão a desenvolver para apresentar nos seus eventos. No caso da Apple, quando lançou o iPhone 12, já se conhecia o aspeto, as especificações e muito mais. Quando lançou os AirPods Max já se conhecia o design, os AirTags já eram falados há muito tempo, os Macs com M1 foram alvo de leaks antes de serem oficializados e já anda o iPhone 13 nas bocas do mundo. Os leaks da Apple são valiosos e a empresa quer travar estas fugas a todo o custo.
Curiosamente, informações deixadas pelo leaker Jon Prosser revelam que a Apple estará a obrigar alguns funcionários a usarem câmaras corporais de grau policial, como resposta às fugas de informação.
Câmaras corporais para travar fugas de informação da Apple
Tudo o que diz respeito à Apple gera muita curiosidade, cria tendências nos mercados, influência outras marcas e gera um hype que a comunicação social aproveita para ter as pessoas interessadas na tecnologia. Além de atrair quem segue e gosta da marca, os assuntos Apple também atraem os que a odeiam. Portanto, uma fuga de informação é valiosíssima, mas traz problemas acrescidos à própria empresa.
A Apple já implementou dentro das suas instalações vários sistemas que fazem com que alguns funcionários não tenham acesso ao que outros estão a desenvolver. Há uma separação intencional para que cada equipa trabalhe sem saber o que outra estará a pesquisar.
Além disso, segundo o que é agora dado a saber, como rumor (claro), a empresa de Cupertino, pela primeira vez, está a obrigar alguns dos seus funcionários a usar câmaras corporais de “nível policial”, semelhantes à câmara n.º 1 da polícia, a Axon Body 2. Eventualmente até será o mesmo dispositivo.
Estas medidas terão sido implementadas nas últimas semanas, o que poderá indicar que existem produtos em fase final, prestes a aparecer e que não devem sair para o exterior antes do tempo.
Embora esta seja a primeira vez que ouvimos falar de esforços tão dramáticos de uma empresa na tentativa de impedir que ocorram fugas de informação, não é o primeiro aviso que a Apple dá aos seus funcionários. Em abril de 2018, a Bloomberg relatou sobre uma fuga de informação que levou a Apple a enviar um memorando aos seus funcionários indicando que tal prática vai contra as regras da empresa.
O leaker é o funcionário da Apple, não é quem dá a informação
Apesar destes esforços, não existe um produto da empresa que não seja “esventrado” online muito antes de ser apresentado.
Claro que o esforço é para travar o verdadeiro culpado das fugas de informação que não são os “leakers” que dão as “informações”. Os culpados são funcionários que estão dentro da estrutura, ou trabalham para a empresa nalguma área da cadeia de fornecedores. Portanto, a culpa dos leaks não é de quem os apresenta, a Apple tem de travar dentro de portas e não enviar “advertências” e ameaças a quem dá a conhecer a informação.
Será que com estas câmaras as fugas de informação vão parar? Possivelmente não, a fuga de algo da Apple é muito valioso.