A Apple anunciou que no dia 1 de fevereiro irá apresentar o relatório dos resultados relativos ao primeiro trimestre fiscal de 2018.
Quinta-feira, os analistas esperam que estes resultados, que refletem as vendas da Apple entre 1 de outubro e 30 de dezembro de 2017, revelem a maior receita num único trimestre da história da empresa.
Conforme pode ser consultado na página da Apple dedicada aos investidores, a empresa irá apresentar os resultados das vendas do período balizado entre 1 de outubro e 30 de dezembro, e espera-se que revele um valor histórico para um trimestre.
A Apple forneceu, no início de novembro passado, algumas linhas orientadoras para o quarto trimestre de vendas do ano de 2017:
- Receita estimada entre 84 mil milhões de dólares e 87 mil milhões de dólares
- Margem bruta entre 38% e 38,55%
- Despesas operacionais entre 7.65 mil milhões de dólares e 7.75 mil milhões de dólares
- Outras receitas / despesas de 600 milhões de dólares
- Taxa de imposto de 25,5%
Estes números de orientação, deixados pela Apple, sugerem que a empresa irá facilmente bater o seu atual recorde trimestral de receitas, que está fixado nos 78.4 mil milhões de dólares e que foi conseguido há um ano.
Os analistas de Wall Street preveem que a Apple anuncie uma receita de 87.06 mil milhões de dólares e um lucro, por ação, de 3.83 dólares, o que se encontra de acordo com 29 estimativas calculadas pela Yahoo Finance.
Utilizando este gráfico, conseguimos estudar e comparar a receita da Apple no período homólogo desde o ano fiscal de 2009:
Foram muitas as estimativas realizadas para tentar prever os mais recentes resultados da Apple. Várias empresas especializadas na área das finanças elaboraram estudos extensivos que podem mostrar e balizar os valores que a Apple deverá apresentar.
A tabela abaixo mostra alguns desses cálculos, os números estão classificados do maior ao menor na receita:
Mas o que poderá estar na causa de tais valores?
Este é o exercício mais interessante do mercado tecnológico. Os analistas irão verificar, após os números apresentados, qual foi o segmento que mais se destacou e que produtos foram mais preponderantes para a empresa de Cupertino atingir estes números recordes.
Terá sido o iPhone? A Apple começou a aceitar encomendas do iPhone X no dia 27 de outubro. A esta altura, aproximadamente quatro semanas após o início do trimestre, as vendas da Apple estavam a ser impulsionadas por outros produtos, mas ainda houve tempo para que o smartphone emblemático tivesse um impacto mensurável.
A Apple não revela as vendas de iPhone modelo a modelo. Assim, as vendas deverão mostrar o total dos iPhones comercializados que estão disponíveis na sua oferta nesse período. Deste modo, entrará para as contas o iPhone 7, o iPhone 7 Plus (ambos com boas vendas nesse trimestre festivo), o iPhone 8, iPhone 8 Plus e o iPhone X.
A Apple, reunindo todos os terminais vendidos, espera bater o seu recorde trimestral que está situado em 78.3 milhões de smartphones, valor conseguido no trimestre homólogo de 2016.
HomePod poderá ter feito falta? A Apple anunciou, no dia da apresentação do HomePod, que o novo dispositivo começaria a ser comercializado nos finais de 2017, valores que poderiam ainda influenciar os resultados do trimestre. Tal não aconteceu e somente na semana passada é que a Apple abriu as encomendas ao produto.
iMac Pro, ajudou aos números? Poderá também ter ajudado, até porque cada iMac Pro tem um valor elevado. Contudo, este produto apenas começou a ser comercializado no dia 14 de dezembro, aproximadamente duas semanas antes do final do trimestre. Ainda assim, poderia ter dado um pequeno impulso às vendas da linha Mac.
Serviços Apple cresceram? A Apple revelou uma receita de mais de 30 mil milhões de dólares no ano fiscal de 2017 para serviços, com a App Store, a Apple Music, o iCloud e o iTunes, formando uma parte do seu negócio do tamanho de uma empresa Fortune 100. A marca a bater cifra-se nos 7.1 mil milhões de dólares no trimestre homólogo do ano anterior.
Tim Cook e o responsável financeiro da Apple, Luca Maestri, discutirão os resultados da empresa numa teleconferência às 2:00 da noite, horário do Pacífico (22 horas de Portugal continental), nesta quinta-feira.