Para comemorar o quinto aniversário à frente dos destinos da Apple, Tim Cook resolveu dar uma entrevista ao jornal Washington Post, onde falou abertamente de vários temas quentes que abalaram a Apple nos últimos anos.
Desta conversa, surgiram novas informações que abriram ainda mais alguns temas que marcaram a empresa. A mais importante delas é a certeza de que a Apple poderia ter ajudado o FBI a aceder aos dados do atacante de San Bernardino, mas que decidiu não o fazer.
Na extensa entrevista que Tim Cook deu ao jornal Washington Post, foram abordados os temas que marcaram a Apple nos últimos anos e que marcaram a empresa. É uma conversa aberta e sem tabus, em que o homem forte da empresa de Cupertino mostra a posição da empresa.
O iPhone de San Bernardino
Um dos temas mais quentes deste último ano foi, sem qualquer dúvida, o caso do desbloqueio do iPhone do atacante de San Bernardino. A Apple sempre se mostrou irredutível e decidiu não ajudar o FBI.
Muitos colocaram em causa a capacidade de conseguir desbloquear esse equipamento, fruto da segurança implementada no iOS, mas a verdade é que Tim Cook admitiu que a empresa conseguiu encontrar uma forma de desbloquear esse iPhone.
The risk of what happens if it got out, we felt, could be incredibly terrible for public safety.
A decisão de não dar a conhecer essa solução, prendeu-se apenas com a necessidade de a manter em segredo, protegendo assim a privacidade dos utilizadores.
A compra da Beats
A maior compra de sempre da Apple foi a Beats. Muitos declaram que essa compra foi apenas para ter acesso à sua posição no mercado e aos lucros que gerava, fazendo assim crescer a empresa sem qualquer esforço.
Tim Cook revelou agora que, esta compra, se focou apenas na tecnologia que tinha de streaming, o que permitiu que a Apple lançasse muito mais cedo o seu serviço de música. Apesar de ter trazido lucro à Apple, nunca foi essa a ideia da compra
We don’t acquire for revenue. So the essential for us is the talent and/or [intellectual property]. Those are the things that we optimize around.
A posição da Apple e de Tim Cook é a compra de empresas que tragam valor acrescentado e que permitam trazer novas tecnologias, abreviando os processos de desenvolvimento e dando melhores serviços aos consumidores.
Os impostos da Apple na Europa
Outro grande problema que a Apple tem tido, está relacionado com a suposta fuga aos imposto de que é acusada. A Apple faz uso de uma posição especial na Irlanda para que consiga ter acesso a impostos mais baixos, conseguindo assim maiores margens de lucro.
Mais uma vez, Tim Cook refuta estas acusações, em especial as da Comissão Europeia, insistindo que os impostos devem ser pagos onde é criado valor acrescentado.
The way tax law works is the place you create value is the place where you are taxed. And so because we develop products largely in the United States, the tax accrues to the United States.
Vários outros temas foram abordados e discutidos, sempre com a ideia de que a Apple é uma empresa única e que continua a sua senda de desenvolvimento, não ficando atrás de empresas como a Google, o Facebook ou outras.
A posição de Tim Cook no comando da Apple é firme, e o seu CEO faz questão de se manter fiel aos princípios que regem a empresa desde os tempos em que Steve Jobs estava no controlo.