Se estava à espera de um AirTag de segunda geração, então tire para já essa ideia. De acordo com um novo relatório da Bloomberg, a Apple inicialmente considerou lançar o AirTag 2 em 2024, mas decidiu esperar até o próximo ano. Desembrulhamos 3 razões para esse adiamento!
AirTag: Com muito stock, sem concorrência e ainda o melhor do mercado
Na última edição do seu boletim informativo Power On, Mark Gurman, da Bloomberg, explica que a Apple não tem “pressa” em lançar o AirTag 2. Gurman salienta que existem alguns argumentos fortes para a empresa de Cupertino manter para já esta versão em circulação.
Neste mesmo relatório, é indicado que a Apple queria revelar originalmente o AirTag 2 este ano (provavelmente na primavera ou como parte do seu evento anual de outono), mas o novo modelo agora é esperado em 2025. Pelas informações existem três razões pelas quais a Apple não quer lançar o AirTag 2 este ano.
Em primeiro lugar, a empresa produziu em excesso o AirTag, pelo que os seus armazéns já estão cheios do modelo de primeira geração. A Apple não vê razão para começar a produzir um segundo modelo quando ainda tem muito stock não vendido da versão de primeira geração. Espera que 2024 ajude a limpar o inventário, abrindo caminho para uma introdução mais suave do AirTag 2.
Ultimamente, a empresa tem feito grandes descontos no AirTag, provavelmente para tentar vender o maior número possível de unidades antes de iniciar a produção do AirTag 2. Os cortes de preços provavelmente continuarão este ano, embora o preço não caia abaixo dos níveis anteriores, já que a Apple não é conhecida como uma grande fã de descontos.
Em segundo lugar, a Apple acredita que o AirTag ainda tem um pacote completo de recursos, por isso tem pouco a melhorar numa iteração de segunda geração. Um dos principais focos da Apple na próxima geração do AirTag é um chip atualizado, que deverá permitir um maior alcance e uma deteção mais precisa.
Também é verdade que existe uma referência ao chip Ultra-Wideband de segunda geração, que está presente no iPhone 15, Apple Watch Series 9 e Apple Watch Ultra 2. Este chip pode comunicar com outros dispositivos que tenham o mesmo chip a um alcance alargado, em comparação com o chip U1 encontrado na geração anterior de iPhones e AirTags.
Em terceiro lugar, a Apple acredita que não tem concorrência na rede Find My (rede Encontrar), apesar de várias outras empresas terem lançado produtos que oferecem capacidades semelhantes.
As marcas chinesas genéricas já invadiram o mercado com alternativas ao AirTag com capacidade para o Find My, obviamente disponíveis a preços ridículos, mas a Apple não considera estes produtos concorrentes do seu dispositivo.
Claro, uma inspiração que a Apple poderá ter é o sistema da Samsung. Tirando um aspeto basilar, o SmartTag 2 é, em muitos aspetos, melhor que o AirTag. Mas isso são outros quinhentos!
Como tal, a Apple acredita que domina o mercado, pelo que a atualização do AirTag não é uma prioridade, uma vez que o modelo existente já é o dispositivo que a maioria das pessoas escolhe quando procura um localizador.
Espera-se agora que a Apple revele o AirTag 2 em algum momento de 2025, para que os clientes que desejam comprar o localizador não tenham motivos para adiar a compra. É o que a Apple espera que aconteça também, já que a empresa não só está a tentar aumentar a sua participação no mercado neste espaço, mas também está a forçar o máximo de unidades possível para limpar o stock.
A empresa manteve-se calada sobre as vendas do AirTag e sobre os seus planos longo prazo (no que se espera ser uma atualização do produto), pelo que, por enquanto, deve levar tudo com uma pitada de sal. No entanto, não vamos esperar que esta versão atualmente no mercado venha a receber grandes “novidades”.