Portugal: tráfego de Internet móvel aumentou 34,2%
Com a existência de cada vez mais dispositivos móveis e planos de internet mais acessíveis, é natural que o tráfego de Internet móvel. Em Portugal, tráfego de dados móveis aumentou 34,2% face ao trimestre homólogo.
No final do 1.º trimestre de 2024, a taxa de penetração do serviço móvel ascendeu a 178 por 100 habitantes. Caso se considerem apenas os acessos móveis com utilização efetiva (excluindo M2M), a taxa de penetração em Portugal seria de 129,3. Adicionalmente, caso se excluam também os acessos afetos exclusivamente a serviços de dados e acesso à Internet (cartões associados a PC/tablet/pen/router), a taxa de penetração seria de 121,5 por 100 habitantes.
O número de acessos móveis habilitados a utilizar serviços móveis totalizou 18,6 milhões. Destes, 13,6 milhões (77,7% do total) foram efetivamente utilizados.
O número de assinantes que efetivamente utilizou o serviço aumentou 75 mil (+0,6%), em comparação com o final do 1.º trimestre de 2023.
Quanto à utilização dos serviços móveis, 20,8% dos utilizadores de serviços móveis apenas acedeu aos serviços de voz, enquanto 73,2% acedeu aos serviços de voz e Internet. Cerca de 6% dos utilizadores acedeu apenas à Internet, utilizando os acessos através de PC/pen/tablet/router.
No final do 1.º trimestre de 2024, 59,1% dos acessos móveis utilizavam a tecnologia 4G, enquanto 21,9% utilizavam a rede 2G+3G e 19% utilizavam a rede 5G (+10,4 p.p. face ao 1.º trimestre de 2023).
Neste trimestre, existiam cerca de 3,5 milhões números móveis portados.
O tráfego de voz móvel, em minutos, diminuiu 2,6% face ao 1.º trimestre de 2023. O número de minutos de conversação por acesso de voz móvel foi, em média, de 212 por mês, o que representa aproximadamente 7 minutos por dia. A duração média das chamadas foi de 2 minutos e 58 segundos por chamada, menos dois segundos (-1,4%) que no 1.º trimestre de 2023.
O tráfego de acesso à Internet em banda larga móvel (BLM) aumentou 34,2% face ao trimestre homólogo.
O tráfego médio mensal por utilizador ativo de Internet móvel aumentou 25,3% face ao período homólogo. Cada utilizador de BLM consumiu, em média, 11,0 GB por mês. O tráfego médio mensal gerado por PC/tablet/pen/router atingiu os 32,1 GB (+7,1%).
No final do 1.º trimestre de 2024, contabilizaram-se cerca de 1,2 milhões de acessos móveis ativos afetos a M2M (numeração 9x), uma diminuição de 19,4% em relação ao período homólogo. Estes acessos representavam 6,5% do total de acessos ativos.
O tráfego em roaming out registou um aumento no tráfego de voz face ao 1.º trimestre de 2023 (5,5%). Em sentido contrário, o tráfego de voz em roaming in registou um decréscimo de 4,2% face ao trimestre homólogo. O tráfego de Internet cresceu de forma elevada (+27,2% no caso do roaming in e +36,6% no caso do roaming out).
MEO é o principal prestador de internet móvel
No que respeita às quotas dos prestadores, a MEO continua a ser o principal prestador com 37,7% dos acessos móveis ativos com utilização efetiva (excluindo M2M), seguida da NOS (30,1%) e a Vodafone (28,2%).
Seguem-se a NOWO e a Lycamobile, ambas com quotas de 2,0%. Face ao período homólogo, as quotas de acessos móveis da NOS e Lycamobile aumentaram em 0,8 p.p. e 0,5 p.p., respetivamente, tendo as quotas da MEO e da Vodafone diminuído 0,9 p.p. e 0,5 p.p., respetivamente. A quota da NOWO permaneceu inalterada.
No caso das quotas de subscritores de acesso à Internet em banda móvel, a quota da MEO foi de 35,3%, seguindo-se a NOS (32,3%), a Vodafone (28,0%), a Lycamobile (2,3%) e a Nowo (2,2%). Em comparação com o 1.º trimestre de 2023, a quota da Lycamobile aumentou 1,4 p.p. enquanto as quotas da Vodafone, da MEO e da NOS diminuíram 0,4 p.p. e a quota da NOWO diminuiu 0,1 p.p.
A NOS deteve a quota mais elevada de tráfego de Internet em banda larga móvel (35,9%), seguindo-se a Vodafone (34,8%) a MEO, a NOWO e a Lycamobile e (28,4%, 0,6% e 0,3%, respetivamente). Em comparação com ano anterior, a quota da MEO aumentou 0,6 p.p. enquanto a quota da NOS e a Vodafone diminuíram 0,4 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente.
Na sequência do leilão 5G, a ANACOM emitiu no final de 2021 os títulos que consubstanciam os direitos de utilização de frequência (DUF) a seis operadores: Dense Air, Dixarobil (Digi Portugal), MEO, NOS, NOWO e Vodafone.
No final do 1.º trimestre de 2024, 19% dos utilizadores de serviços móveis e 23,9% dos utilizadores de Internet móvel utilizaram a rede móvel 5G. O número de utilizadores de Internet móvel através de 5G totalizou 2,6 milhões, dos quais, 2,5 milhões com acesso através do telemóvel.
A taxa de penetração de acessos à Internet móvel através de 5G atingiu os 24,4 por 100 habitantes.
Estima-se que, no 1.º trimestre de 2024, o tráfego cursado em redes 5G representou cerca de 14% do total de tráfego de dados móveis, atingindo os 6,5 GB mensais por utilizador de Internet móvel 5G.
Só não são mais ainda porque os preços dos pacotes moveis ainda estão ao nível do ADSL há 20 anos, parece que não existe interesse a alargar os limites de trafego, pois sabem bem que existe muita gente que assim que existir oportunidade larga o serviço fixo só para ter internet e não precisa do resto, mas isso não dá dinheiro ás operadoras…
A Vodafone tem pacotes apenas com Net + Telemoveis ….
https://www.vodafone.pt/pacotes.html
O artigo sobre redes móveis e não rede fixa (fibra)…
Futuro é o 5G, fibra é passado, ninguém irá querer estar agarrado a uma “trela”.
Incompreensível como os operadores ainda insistem em passar fios para casa dos clientes que só elevam o custo do serviço e burocratizam a adesão.
Com a massificação, o 5G nunca te vai dar o que dá atualmente a fibra. É uma tecnologia baseada em partilha de infraestrutura. Vais ter sempre limitação gerada pelo nº de utilizadores e consequentes débitos destes, bem como da rede fixa que lhe dá apoio.
É muito bonito no papel e no marketing, já na prática não é bem assim.
Caro Pedro Pinto, Obrigado pelo ótimo artigo. Pode partilhar a(s) fonte(s) da informação por favor. Obrigado
ANACOM