Microsoft dá formação a 45 milhões de africanos
A Microsoft está a apostar na formação de mais de 45 milhões de africanos até 2010, nomeadamente em Moçambique, Angola e Cabo Verde, revelou à agência Lusa o presidente da Microsoft África, Cheick Diarra.
"A Microsoft já deu formação a 21 milhões de pessoas desde 2006. Até 2010 prevê formar 45 milhões de pessoas. Mas estou confiante de que, se tudo correr bem como está a acontecer, vamos conseguir superar este número", frisou Cheick Diarra, no âmbito da Cimeira Empresarial EU-África, que hoje decorre em Lisboa, organizada pela presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.
Segundo disse à Lusa Diarra, tal objectivo foi traçado directamente por Bill Gates no Global Leadership Fórum que decorreu em 2005 em África do Sul.
O presidente da Microsoft África sublinhou ter uma "tremenda ambição para África" em vários domínios: criação de capacidades individuais e institucionais (governo e pequenas empresas), de formas inovadoras de acesso às tecnologias, não só no que diz respeito aos custos, mas também à compreensão da terminologia usada, "de maneira a que as pessoas possam ser educadas a usar tecnologia".
A melhoria das ligações e os problemas relacionados com as infra-estruturas e condições [de abastecimento] de electricidade, são outras actividades desenvolvidas pela Microsoft.
"Fazemos isto em todos os países africanos, mas estamos especialmente focados em Moçambique, Angola e Cabo Verde, que são aliás muito importantes para Portugal", observou.
De acordo com Diarra, o objectivo é formar, dar capacidade, criar parcerias para garantir o acesso à tecnologia, envolvendo os governos, comunidade civil e as escolas, onde o efeito pode ser multiplicador.
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Mais uma maneira de escravizar os povos africanos. Obrigá-los a utilizar os softwares microsoft através da suposta “formação. É só “coração” este senhot Bill…
Por acaso sou dos que concorda que para os trabalhadores dos países subdesenvolvidos (ou em desenvolvimento, para evitar susceptibilidades) pior do que ser explorado pelas multinacionais é não ser explorado pelas multinacionais.
Ou seja, é pior para África não haver investimento estrangeiro, ou quando existe ser apenas o estritamente indispensável para explorar os recursos naturais.
Se a Microsoft quer investir em África, utilizando a sua tecnologia e recursos humanos locais é positivo. Que há muitos africanos com inteligência acima da média sou um dos que não tem dúvidas.
Lá se vão traficar mais umas dúzias de toneladas de diamantes 😛
“…pior do que ser explorado pelas multinacionais é não ser explorado pelas multinacionais.”
Arrepia-me quando ouço coisas deste tipo. Será que já todos baixaram os braços, e vêm a selvajaria como inevitável? Não tem de ser assim, qualquer ser humano tem o direito ao justo trabalho e não a ser explorado, seja por multinacionais seja por quem for.
Não me refiro à Microsoft neste caso específico. Refiro-me a todas multinacionais que usam e abusam dos trabalhadores do 3º mundo.
Cumps
@ Miguel Jeri
Fica-te bem esses sentimentos … que não enchem a barriga a ninguém.
Show de bola super positivo para os africanos, lembrando que ninguem é obrigado a participar da capacitação, se os africanos acharem que nao é viavel ou que a microsoft quer se aproveitar deles eles tem todo o direito de continuar sem nenhuma oportunidade.
Tudo que a microsoft faz ela é criticada, é incrivel, e @ B80 que diz que essa é mais uma maneira de escravizar os povos africanos a usarem software microsoft eu digo que eles podem continuar usando outros softwares gratuitos ou nao (linux) e continuar na miséria passando fome a decisao será deles vc ve como escravizacao mesmo ?
esses caras sao escravizados desde qdo nasceram flw
Caro aver
Não só me recuso a baixar os braços e resignar-me que a exploração é um mal menor, como luto para que isso não aconteça. Não me fico pelos sentimentos.
Abraço
@ Miguel Jeri
Por acaso já tinha umas engatilhadas, do tipo, até cá, se derem a escolher a um desempregado (a muitos empregados também) se quer ser explorado por uma multinacional dizem que sim.
Mas tu sabes isso muito bem.
Um abraço
Não é mentira. Mas se lhes derem a opção entre ser explorado e ganhar o justo, concerteza escolherão a segunda hipótese. Também é bom não esquecer que multinacionais (e seus lobbies nos fracos governos do 3º mundo) são parcialmente responsáveis pela destruição do aparelho produtivo destes.
Em suma, penso que tirar 2 e retribuir 1, não é o justo.
Abraço