Microsoft processada por falsas acusações de pirataria
A luta contra a pirataria é uma constante no mercado tecnológico e as empresas por norma realizam fiscalizações para conferir que o software usado é legal. Numa dessas fiscalizações, a BSA confrontou a Hanna Instruments por esta, aparentemente, usar software ilegal da Microsoft.
A Hanna Instruments nunca assumiu responsabilidades e, depois de várias negociações, processa agora a BSA e a Microsoft por estas a acusarem de usar software ilegal.
A BSA, Business Software Alliance, é uma organização suportada por várias empresas tecnológicas que tem como propósito fiscalizar e deter o uso de software ilegal produzido e desenvolvido pelos seus parceiros, defendendo assim os direitos do copyright. Entre as empresas que a BSA representa está a Microsoft, que tem um vasto leque de software que é tipicamente um dos maiores alvos da pirataria.
A Hanna Instruments é uma empresa mundialmente conhecida pelos seus equipamentos usados em laboratórios científicos, produz desde medidores de pH a termómetros e fotómetros.
Um caso que nunca deveria ter existido
Este caso entre as duas empresas remonta ao passado mês de junho, aquando de uma fiscalização à Hanna ordenada pela BSA. Na altura, a BSA verificou contra-ordenações nas licenças do Microsoft Office, considerando que estas não eram legais.
A defesa da Hanna contra a as acusações da Microsoft
Confrontada com estas acusações, a Hanna disponibilizou vária documentação - notas de encomenda, orçamentos, etc. - de modo a provar a legalidade do software mas a BSA não considerou que as provas fossem suficientes por provarem encomendas mas não serem provas de uma real aquisição do Microsoft Office pela Hanna.
A BSA decidiu desta forma avançar com uma negociação em que propôs à Hanna Instruments o pagamento de uma indemnização no valor de $72 074,90, ou então ía avançar com um processo em tribunal cujos valores de indemnização variam entre $990 000,00 e $4 950 000,00. Para além disso, a BSA solicitou a colaboração direta da Microsoft neste caso, pedindo para que houvesse um contacto entre as duas empresas de modo a chegar a um consenso.
Tal proposta foi recusada pela Hanna Instruments que decidiu investir num processo contra a BSA e contra a Microsoft por não terem provas suficientes contra si, pois apesar de a BSA não ter aceitado os documentos e provas da legalidade das licenças do Office, a organização também não tinha provas concretas contra a suspeita de a Hanna usar licenças piratas.
O desfecho deste caso
Posto isto, deu entrada no dia 10 de novembro um processo da Hanna contra a Microsoft e a BSA alegando que estas estão a acusar a Hanna de forma não sustentada e a requerer o pagamento de todas as despesas até hoje despendidas com este caso e pedindo também uma indemnização à organização BSA e à Microsoft.
Este caso será agora julgado na justiça americana, a quem caberá tomar a decisão final. Esta situação já não é nova para a BSA e Microsoft, que em 2013 encararam um caso bastante idêntico, na Bélgica, e onde acabaram por ser declaradas culpadas.
Este artigo tem mais de um ano
M$ e BSA são experts a assaltar.
Tentaram meter medo para extorquir dinheiro e agora vão levar nas beiças 😀
Mas que ca*…Orçamentos e notas de encomenda não serve de prova de aquisição de um bem! Só faturas! Se acham que o office é caro, NÃO O USEM! ninguém os obrigou ou impingiu o microsoft office! Querem mamar sem pagar :/
https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2017/11/hannacomplaint.pdf
Como é que a micro ganha dinheiro é com isso se uma empresa tem um Office ou windows pirata a multa compensa ao mero utilizador fica sem a casa o carro e nao a consegue pagar nesta vida. A micro fez a lei dela muito bem. Como o que interessa é sempre lucrar mais e mais. O dinheiro é o problema neste mundo corrompe muita coisa, corrompe o ser humano
É para compensar todas as outras situações em que é utilizado software pirata sem nada acontecer, bem como dissuadir futuras situações semelhantes!
Mas quando a Microsoft copia o Linux nada acontece 🙁
Com tanto software open source quem é que precisa de microsoft office ou qualquer outro da microsoft.
A não ser que seja como um funcionário que conheci à una anos que tinha um curso universitário onde aprendeu a trabalhar com o microsoft office, no local de trabalho existia open office foi uma chatice, não sabia trabalhar com ele, embora o open office execute as mesmas funções só por ter menus e combinação de teclas diferente o rapaz ficou congelado, sempre sai cada burro da universidade.
” embora o open office execute as mesmas funções” – o Open Office está muito longe de fazer a mesma coisa que o Ms Office.
Está o OpenOffice e todos as outras suites de produtividade.
Mas que raio, então a Microsoft não sabe se vendeu ou não aquelas licenças???
Claro que sabe, e por isso mesmo foi detectado que a empresa tinha licenças que não são válidas, e também daí que só haja notas de encomendas mas faturas nem vê-las! Agora em tribunal logo se vê quem tem razão… 😉
https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2017/11/hannacomplaint.pdf
Acham mesmo que a microsoft não sabe quantas licenças piratas existem por ai!!! A verdade é que interessa á microsoft que se continue a propagar os programas piratas da microsoft para o utilizador final, se o utilizador final passa-se todo para outro software livre a microsoft perdia a sua quota de mercado no B2B porque o utilizador ia aprender a usar e habituar-se a outro que não a Microsoft e ai perderia todo o mercado empresarial e todos os contratos multimilionarios que faz todos os anos.