Barclays poupa milhões com adopção de Linux …
…e criando a sua própria cloud e aplicações web based
Em tempos de crise financeira, as empresas/organizações definem estratégias para o presente e futuro, com o objectivo de se tornarem mais competitivas, optimizarem os recurso, sempre com o objectivo de reduzirem aos máximo os seus encargos. Ainda em 2012 demos a conhecer aqui a estratégia da companhia de seguros Tranquilidade que migrou cerca de 750 máquinas para linux, garantindo uma redução de custos anuais da ordem de 80% por posto de trabalho.
De acordo com um artigo publicado no The Sunday Times pode ler-se que o banco Barclays espera poupar anualmente cerca de 90% do budget, destinado as TI, adoptando o sistema operativo Linux e criando a sua própria cloud e respectivos serviços.
Segundo informações publicadas no The Sunday Times, o banco Barclays pretende poupar anualmente milhões de euros/dólares, abandonando os gigantes da tecnologia como é o caso da Microsoft, Google, Oracle, SAP, entre outras. Para isso, o banco tem como objectivo criar a sua própria cloud, para suporte aos mais diversos serviços (muitos dos serviços podem ser criados pelos próprios recursos humanos das TI da Instituição bancária) e também adoptar o GNU/Linux, como o sistema operativo principal para desktops e servidores.
Tristan Rogers, CEO da empresa de software colaborativo ConcretePlatform, referiu que a Microsoft e Oracle continuam mantendo o modelo de cobrança, de longos anos, associados aos sistemas:
Both Microsoft and Oracle have long made money from arcane charging models on their operating systems
Tristan referiu ainda que nesta era moderna de desenvolvimento, onde tudo assenta na Web, não é fundamental ter servidores/serviços Microsoft até porque estes têm custos associados…assim como os serviços Oracle, entre outros:
In modern browser based web development, the use of Windows on your server, for example, is pretty redundant, yet many companies still pay substantial royalties to Microsoft for the privilege. Then there are the SQL and Oracle database costs
Combinando a criação da cloud “interna” e a adopção do Linux, o Barclays espera poupar anualmente cerca de 90% nos encargos com sistemas e serviços (não no TI em geral), depois da alteração da sua infraestrutura. Segundo declarações de um representante do Barclays, a adopção das estratégias ira permitir a poupança de dinheiro mas também abrirá um novo leque de novos serviços integrados, que permitirá a Instituição bancária ser mais eficiente, dando resposta às diversas necessidades dos clientes. [via The Sunday Times]
Este artigo tem mais de um ano
As empresas Portuguesas e o nosso governo de merda devia seguir por este mesmo caminho!
Já estão!
Pode ainda não ser do conhecimento público, mas a Microsoft levou um valente “chega para lá” na NÃO renovação de muitos contratos, em diversos departamentos públicos. Não estamos a falar propriamente no Windows que vem na aquisição no Hardware mas sim nos contrato milionários de OpenLicence e VolumeLicence que até agora os nossos governos faziam e agora cancelaram grande parte deles.
Ora mais um exemplo… Quando é que os Senhores ministros vão olhar para isto? Tipo paga a pessoal Tuga para fazer o serviço T.I. e deixar de gastar rios de euros em PC’s só porque saiu um novo windows que tem que ter mais RAM…
Olá,
Eu ando na escola, no terceiro ciclo e este ano estou participando, mais uma vez, no projeto nacional Parlamento dos Jovens e o nosso projeto de recomendação contém uma medida que tem haver com o estado adotar sistemas Linux para todos os computadores da administração central. Este pode até ser mais um exemplo para poder-mos fundamentar a nossa medida.
Cumprimentos,
Henrique Dias
Boa! Felicidades para esse projecto.
Boa iniciativa, Henrique!
Não conheço o projecto do vosso grupo, mas por mim já ganhou! Boa sorte nas eleições do melhor projecto!
eh pá não digas isso, olha que depois não arranjas emprego…ou ainda não sabes em país é que vives! (ditadura de parasitas) shiuuuuu…..
Não posso dar muitos pormenores sobre isso mas este governo por acaso está atento ao linux e talvez haja novidades em 2013…….
LOL….Oh sim…..
Se as coisas fossem mesmo 1+1=2 .. “o Barclays espera poupar anualmente cerca de 90% nos encargos” .. todas as empresas usariam linux.
seria interessante saber quantos anos é que este plano vai demorar a “alteração da sua infraestrutura”. Uma empresa desta dimensão, com sistemas complexos como SAP (suponho que use o seu ERP) e usando os seus próprios recursos humanos, não creio que consiga uma migração de serviços e implementação in-house deste género em menos de 10 anos
Naturalmente a migração será gradual. Quanto mais complexo for o sistema de informação, mais lenta será a migração.
A parte mais fácil de migrar será a dos postos de trabalho que, usando aplicações assentes na web, também são independentes da plataforma usada.
A parte dos servidores às vezes é mais difici e demora mais tempo, mas tentar fazer muito rápido é asneira.
Por último, só pelo facto de migrar, já existem custos associados e às vezes bem altos. É por isso que muitas empresas ainda estão na dúvida se migram ou não. Normalmente não é uma decisão fácil.
Se a migração for possível (haverá casos que não o será) a médio prazo também será rentável.
Não digas isso, conheço um caso de uma empresa (grande) Portuguesa que alterou os sistemas de informação todos em menos de 3 anos (desde que começaram a fazer o levantamento de necessecidades e do que tinham até a migração ser concluída, passando por prospecção de soluções e fazerem acções de formação à organização inteira). Óbvio que após isso continuaram a desenvolver e implementar sobre essas plataformas, mas muitas das plataformas implementadas eram in-house e as que não foram quase que eram pois tiveram de ser adaptadas à realidade da empresa (usaram produtos de terceiros, como SAP e afins, mas não era out of the box, nem perto… foi desenvolvido em cima das soluções vendidas para adaptar às necessidades da empresa). Acredita que só por isso tiveram uma poupança enorme, desde maior controlo de facturação, a melhor qualidade e celeridade no contacto com o cliente (e quantificar em euros satisfação é algo que é complicado).
O povo é cego e vai na cantiga. Pode poupar milhões em software, é um facto, o Linux é open source e free. Mas vai gastar mais em recursos humanos porque especialistas em Linux não há muitos e alguém muito bom em Linux ganha muito mais do que alguém muito bom em Windows.
Mitos e mais mitos, o povo vai na cantiga. E atenção, não sou mais a favor de um do que do outro.
Boas,
OU NÃO!!!!
Para ser muito bom em Linux basta se dedicar ao sistema, tens documentação para tudo e um bom Eng. Informático (ou lá que raio se chama o curso universitário para isso…) saberá como ler a informação disponibilizada.
Quanto à Microsoft também tens documentação, mas a documentação avançada(segurança, bugs, patchs, etc.) tens que pagar licenças da MSDN o que por si já vai fazer o técnico mais caro!
E sim tens muitos especialistas em Linux, se calhar em maior número e mais baratos (alguns que conheço têm o 9º ano e percebem muito mais que Sr’s Eng. saídos das mais diversas universidades.) Não sendo ‘qualificados’ são bem mais económicos que um Sr. Eng. com uma certificação Microsoft a cobrar +1000€ só por o facto se ser Eng. e ter certificação Microsoft.
E não estou a dizer às diferentes entidades para ir buscar o primeiro que lhe aparece à frente a dizer que percebe do sistema. Para esse efeito poderão fazer testes (teóricos e práticos) para verificar se o pessoal que se candidata tem esses conhecimentos que afirma ter!
Essa velha “publicidade” da Microsoft a dizer que os custos de ‘formação’ de pessoal são bem elevados já começa a ter as barbas maiores que um Talibã. Trabalho numa empresa que usa Linux(e o mais engraçado é que o pessoal da TI não se decide, já vi Debian, Ubuntu, SuSE, Geetoo…) e até agora nunca vi ninguém a dizer que não consegue aceder ao sistema ou que não consegue trabalhar com o mesmo…
Bem haja.
Eu uso exclusivamente Gentoo, mas para implementar em uma empresa deve-se pensar principalmente que um dia o “especialista em gentoo ou debian” deixará a empresa e é muito mais fácil encontrar gente competente em RedHat (ou CentOS) e Suse que em Gentoo ou Debian.
Caro Hugo, e isso é mau?
Veja bem: se transferir grande parte, porventura menos, dos custos para RH (gera emprego nacional) não é preferível a pagar os RH da MS que fazem os produtos MSN?
Trata-se de concorrência entre produção nacional vs produção externa/importação.
Por mim, e se calhar por muitos que prefiram criar emprego em Portugal…mudem para Linux, já!
Cps,
Ainda dizem que o país está em crise. E muitas empresas vao á falencia, por gastar dinheiro em equipamentos, pois se todos se virassem todos para o nosso amigo “tux” isto era poupar alguns cobres..
Na empresa onde trabalho temos quase tudo assente em tecnologia oracle. Há vontade de migrar para outras soluções mais baratas. O problema é que estamos agarrados aos sistemas oracle que para quem não sabe temos de pagar todos os anos milhares de euros nas licenças.
O lobby da Microsoft em Portugal é muito forte e com politicos corruptos ainda pior.
Aos poucos a mentalidade e a crise financeira, vai levar as empresas ao Linux.
Estou a fazer um estagio curricular e estou a recuperar maquinas antigas com poucos recursos, com Linux.
mas porque é que os comentadores daqui associam linux a poupança ?
os comentadores e as pessoas que tomam a decisão nas empresas como por exemplo o Barclays e a Tranquilidade! Que imigram para Linux !
E em ambos os casos a poupança foi de 80% por posto de trabalho!
Resumindo o Linux é poupança 🙂
Porque regra geral o é. Há sempre o mito que o TCO (Total Cost of Ownership) é tendencialmente superior em Linux do que Windows porque as pessoas estão habituadas a Windows, o suporte sai mais caro porque há menos pessoas especializadas, etc; no entanto esse mito aos anos que caiu por terra.
O custo do SO, o custo do Office, o custo do pc (basta ver os requisitos mínimos para o windows e os requisitos para uma distro linux qualquer, para funcionar nos mesmos termos). Depois são os custos recorrentes, o software chega a fim de ciclo de vida, acaba o suporte e toca a comprar novo software, novas licenças, fazer upgrade. Entretanto com Linux o único custo que a empresa teve foi o de comprar o pc.
mas nem sempre é este o caso. eu sei que na maior parte dos casos o software designado de gratis tem um custo total mais baixo. mas nem sempre é o caso. a grande vantagem do GNU/linux é ser ABERTO: eu sei o codigo que corre no meu computador, eu posso desenvolver sem problemas para o meu SO eu sou livre. o gratis ou nao é um segundo beneficio (Que é muito importante) mas pensem assim: trabalham de graça ? existem muitos exemplos de software gratis/open source que agora é pago: possiveis vantagens(em alguns casos): mais suporte, mais desenvolvimento, etc.
….e depois vemos aquele vergonhoso caso da RTP a fazer publicidade encaputada de GRAÇA ao Window$ 8…..em troca devem ter recebido uma serie de licenças daquela trapagem….
Atenção é ao que não aparece na notícia.
O barclays vai contratar mais 450 engenheiros informáticos para o seu departamento de tecnologia.
Para além disso eles irão necessitar de mais mão de obra técnica para prestar apoios ao seus serviços.
Portanto a dita “Poupança de 90%” não será assim como é anunciada.
A longo prazo (mínimo dos mínimos 10 a 15 anos) sim conseguirão ter um custo mais baixo. No entanto, agora para começarem a desenvolver o projecto, vão ter um custo que só mesmo o tamanho da empresa consegue suportar.
É que muita gente pensa que “apostam em linux e não gastam nada porque eu faço tudo em casa sem pagar nada”… numa empresa de média dimensão já necessita de um sistema de apoio para os seus softwares e, esse investimento, só se torna rentável a um longo prazo de utilização.
A curto prazo necessita de um investimento muito grande que não é possível por parte de estruturas pequenas.
Vários já o tentaram e desistiram…
Na alemanha optaram por usar as universidades para desenvolver software para uma equipa governamental acabar o desenvolvimento para ser utilizado nos serviços públicos. Mesmo assim só em 2018 é que pensam que terão todos os serviços com o novo software.
No brasil também estão a seguir essa linha mas alguns serviços já recuaram por causa do investimento inicial.
Prefiro gastar dinheiro em pessoas do que em software, a sociedade fica a ganhar.
Tambem não sei se esses 450 Eng que falas ficam mais caros que as licenças.
E se nunca se começar… nunca se chega a lado nenhum.
Por fazes a malta agarrada a um sistema nunca quer mudar para outro, se mudarem esta mentalidade talvez poupem tambem dinheiro. Se calhar é melhor ficar quietinho e não mexer em nada 🙂
PL
A contratação do pessoal é um investimento não é “custo”. Eles vão criar a plataforma IT (a cloud e os serviços cloud). Logo em termos de poupança está certo, em situação e circunstância identica, a migração poupa realmente isso. Teriam de fazer o investimento mesmo que não migrassem tudo visto estarem a criar a plataforma deles. Não confundas as duas coisas.
E não é verdade o que dizes quanto ao investimento por parte de empresas pequenas. É imensamente mais fácil em empresas pequenas pois não têm uma complexidade muito grande comparativamente (eu sei por experiência própria tanto em empresas pequenas – uma empresa familiar, da minha família – como em “gigantes” – relativo pois em Portugal não existem propriamente gigantes, há sim empresas enormes mas que são minúsculas comparativamente ao mercado global, mas mesmo assim já têm dimensão suficiente para terem de seguir abordagens de gigante).
“o Barclays espera poupar anualmente cerca de 90% nos encargos com sistemas e serviços (não no TI em geral”
Acho que a coisa não é nos “encargos com sistemas e serviços”. É com os “custos de desenvolvimento de software”.
Não é onde está SAP, Oracle e Microsoft põe Linux. É, em vez de contratar especialistas em SAP, Oracle e sistemas da Microsoft, criamos as nossas próprias equipas de desenvolvimento de software usando Linux.
É que assim o post parece que é o Barclays a dizer “Temos porradaria de PCs com Windows e MS Office e vamos passar para Linus e LibreOffice. Nos bancos os PCs são irrelevantes.
Digo isto não é para tirar relevância à notícia. É para não se generalizar a – o Barclays vai pôr Linux nos PCs dos postos de trabalho e por cá devia-se fazer a mesma coisa. É que a coisa do Barclays não é essa.
http://www.computerweekly.com/news/2240175662/Barclays-Linux-programme-not-a-snub-to-suppliers
Serviços em geral, onde entra também o desenvolvimento de software + Cloud privativa.
Trabalho numa organização do estado, e este ano na compra dos computadores só veio com o windows, o office ficou na gaveta. Instalamos o Libreoffice. É pouco? Sim, mas é um começo.
Existem colaboradores que tem imensas dificuldades na área da informática o que impede uma remodelação mais drástica e abrupta.