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QNAP Guardian QGD-1600P: O NAS que também é um poderoso switch

Quando se fala em sistemas de armazenamento, a QNAP é uma das marcas de referência. A empresa tem um vasto leque de soluções e, nos últimos tempos, tem evoluído e integrado novas funcionalidades. Exemplo disso é o QNAP Guardian QGD-1600P, o primeiro switch PoE inteligente do mundo com QTS.

O Pplware testou este equipamento, colocou-o em produção numa rede e a opinião não pode ser melhor.


O Pplware deu a conhecer aqui o QNAP Guardian QGD-1600P,  um equipamento com múltiplas funcionalidades direcionado para empresas ou até para uso doméstico. Como referido este equipamento funciona como NAS mas também como Switch.

Como Switch, este equipamento vem com 4 portas de 60 watts e 12 portas de 30 watts Gigabit PoE (com duas portas combinadas PoE/SFP). Ao todo, o QGD-1600P pode fornecer um total de energia de 370 watts para alimentação de dispositivos como câmaras IP, pontos de acesso sem fio, telefones IP, luzes LED e sinalização digital.

Tendo o Pplware muita experiência com equipamentos deste segmento (swicthes) de outras marcas de referência no mercado, é importante que se diga desde já que este equipamento surpreende tanto ao nível de desempenho, como ao nível da interface que é bastante fluída e simples de usar.

Afinal o que oferece o QNAP Guardian QGD-1600P ao nível de switching?

O switch tem funcionalidades de layer 2, ao nível da camada do modelo OSI tendo suporte para VLANs, LACP, QoS IGMP Snooping entre outras tecnologias. A gestão de todas as funcionalidade do switch é realizada através de uma interface dedicada, bastante intuitiva e fluída. Na página principal (Overview)é possível ver de imediato a carga ao nível do CPU do equipamento, a temperatura, informações sobre o firmware, consumo de energia das interfaces PoE e o estado das portas físicas.

Fazendo scrool, podemos ainda ver um gráfico de consumos por porta ou no geral. Tal informação dá-nos uma ideia do que temos ligado fisicamente à porta e o nível de consumo de energia de cada equipamento.

Acedendo ao Menu Devices, é possível ver todos os endereços MAC (layer 2) dos equipamentos ligados. De relembrar que o endereço MAC (Media Access Control) é definido como sendo um endereço físico de uma interface de rede, e é composto por 48 bits (12 caracteres hexadecimais).

Os primeiros seis caracteres identificam o fabricante (ex. Intel, surecom, broadcom, etc) e os restantes seis identificam a placa em si. O endereço MAC é único no mundo para cada placa de rede (apesar de existirem ferramentas que possibilitam a alteração temporária do mesmo).

Acedendo ao menu de Configuração podemos encontrar todas as funcionalidades e protocolos disponíveis para configuração ao nível das interfaces de redes. Começando pelo submenu Ports. Podemos ver graficamente quais as interfaces ligadas, a velocidade das interfaces e se têm o controlo de fluxo ativo. É também possível ver eventuais interfaces que estejam em looping.

Ao nível da configuração de cada interface é possível fixar a velocidade ou então definir como auto (para autonegociação).

PoE (Power Over Ethernet)

Ao nível do PoE, tal como já referimos, podemos ver o consumo total, consumo mínimo e máximo.

Ao nível da configuração de PoE nas interfaces, podemos desativar o fornecimento de energia, ativar o protocolo PoE ou PoE++ (sendo que o PoE++ garante mais energia ao dispositivo ligado a essa interface).

Uma das funcionalidades interessantes ao nível do PoE é a possibilidade de agendar quando uma interface deve ou não estar ativa, evitando assim consumos de energia desnecessários.

VLANs

As VLANs permitem a segmentação das redes físicas, sendo que a comunicação entre máquinas de VLANs diferentes terá de passar obrigatoriamente por um router ou outro equipamento capaz de realizar encaminhamento, que será responsável por encaminhar o tráfego entre redes (VLANs) distintas.

Um switch com a capacidade para criação de VLAN suporta dois tipos de portas:

Uma Porta de Acesso (access), permite associar uma porta do switch a uma vlan. As portas do tipo acesso são usadas para ligar PCs, impressoras, etc. Por omissão, todas as portas do switch vêm configuradas na VLAN 1.

Uma Porta Trunk, normalmente usada para interligação de switchs ou ligação a routers, e permite a passagem de tráfego de várias VLANs. Configurando uma porta como trunk, todo o tráfego de todas as VLANs criadas no switch podem passar por lá, no entanto, o administrador pode limitar ao número de VLANs que pretender.

Link Aggregation

O objetivo desta tecnologia consiste em agregar múltiplas interfaces físicas de rede numa única interface lógica de modo a conseguir um maior throughput ou garantir redundância. Em termos de protocolo é possível configurar LACP (para cenários onde existem várias marcas de equipamentos) ou então uma configuração estática.

Como em todos os switchs, é possível aceder à tabela de endereços Mac (mac-table address) que tem registados todos os endereços físicos dos equipamentos ligados a cada interface.

Listas de controlo de acessos – ACL

Apesar de ser um switch de layer 2, este permite criar ACLs básicas, mais concretamente port forwarding. Este tipo de tecnologia permitir que o tráfego de entrada, proveniente da Internet, chegue a uma determinada aplicação ou serviço em execução, instalada num dado dispositivo, seja ele um tablet ou computador. A sua utilização é bastante comum em aplicações de acesso remoto, câmaras IP, etc.

IGMP – Internet Group Management Protocol

O Protocolo de gestão de grupos de Internet (IGMP; definido na RFC 1112) permite que um host anuncie a sua associação de grupo de multicast a switchs e routers vizinhos. O IGMP é um protocolo padrão usado pelo pacote de protocolos TCP/IP para multicast dinâmico.

QoS – Qualidade de serviço

O QoS permite a priorização de tráfego. Tal funcionalidade pode ser definida ao nível da interface ou então ao nível da VLAN.

Port Mirroring

Com a ativação de Port Mirroring é possível mapear o tráfego de uma interface para outra. Desta forma podemos ter um dispositivo ligado numa interface e monitorizar o tráfego numa outra interface.

Logs

Como é sempre fundamental em qualquer equipamento, através da interface de gestão é possível aceder aos logs gerados pelo sistema. Tal informação é fundamental para eventual troubleshooting.

Informação do Sistema

Dentro do Menu System Information podemos ver informação do equipamento ao nível de recursos como ao nível do próprio sistema, o QTS.

Utilizadores, IP de gestão, data/hora

Por fim, ao nível das definições, podemos configurar o endereço IP de gestão ou então deixar que fique por DHCP. Podemos ainda configurar utilizadores de acesso e também definir o fuso horário.

Principais características do QNAP Guardian QGD-1600P

 

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