A app do momento chama-se STAYAWAY COVID e é uma ferramenta para ajudar no combate à pandemia provocada pela COVID-19. Muito se tem falado e criticado a aplicação, mas é fundamental perceber como funciona e quais as razões da baixa adesão no que diz respeito à introdução do “código de infetado”.
Até ao momento, foram gerados 740 códigos e introduzidos na aplicação STAYAWAY COVID apenas 216. Afinal o que se passa para as pessoas não introduzirem o código?
Como temos vindo a referir, face à arquitetura e documentação a app STAYAWAY COVID é segura, garantindo a privacidade dos utilizadores. No entanto, mesmo assim, as pessoas parecem não confiar. A falta de informação sobre a app pode ser um dos motivos e também as análises mal feitas à funcionalidade e objetivo da mesma.
Mas afinal porque não introduzem os infetados o código na app STAYAWAY COVID?
Aparentemente é por “medo”, mas como já referimos não há nenhuma razão para isso. É apenas um código, que nada identifica, e que ativa a função de transferir para os servidores centrais códigos gerados pela app STAYAWAY COVID. Ou seja, quando inserimos o código enviamos os códigos que andamos a difundir para o servidor. Depois todos os outros podem descarregar e comparar com os códigos que observaram para avaliar se houve contacto de risco
No entanto, para o administrador do instituto do Porto, Rui Oliveira, responsável pela aplicação ‘StayAway Covid’ existe a necessidade de as instituições de saúde e os laboratórios se “aliarem” para que os códigos gerados no sistema coincidam com o número de infeções.
É preciso de facto, sensibilização e informação de todos os médicos para a necessidade de gerar códigos e de como o fazer. Sei que os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) estão a arrancar com várias iniciativas nesse sentido
Questionado sobre o facto de o número de códigos gerados e introduzidos na aplicação ser inferior ao número de infeções e ao número de ‘downloads’, o responsável afirmou que uma das razões se prende com a dificuldade de os mesmos “chegarem atempadamente às pessoas” infetadas.
Um código chega à pessoa infetada ao fim de quatro a cinco dias, esse código tem validade de 24 horas, portanto, se a pessoa demorar mais que 24 horas a inseri-lo na aplicação, ele é inválido. Por outro lado, se o código demorar sete a oito dias a chegar à pessoa, mesmo que tenha sido gerado no 7º ou 8º dia, já não serve de nada porque a pessoa, entretanto, pode ter melhorado.
A aplicação móvel, lançada no dia 01 de setembro, permite rastrear, de forma rápida e anónima e através da proximidade física entre ‘smartphones’, as redes de contágio por covid-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus.