Ao longo dos últimos anos, os preços a que os smartphones de topo chegam ao mercado tem aumentado. É cada vez mais normal encontrar propostas acima dos mil euros, algo a que infelizmente nos habituámos. Os consumidores reclamam, mas estes smartphones não deixam de voar das prateleiras, mesmo mais caros.
Com a COVID-19 presente, o mercado voltou a ser alterado, tendo reduzindo drasticamente as vendas. Ainda assim, e no segundo trimestre deste ano os preços voltaram a subir, mas os analistas perceberam agora as causas para este fenómeno, aparentemente anormal.
Os smartphones estão ainda mais caros
Com o mercado dos smartphones em baixa, por razões bem conhecidas, era esperado que os preços acabassem por descer. As marcas precisam naturalmente de vender mais, para recuperar as perdas registadas, e esta seria a forma lógica de o conseguir, voltando aos valores normais dos lucros e aos números de vendas.
A verdade é que não foi isso que a Counterpoint encontrou no mercado, ao analisar os valores de vendas e os preços médios dos equipamentos. A sua avaliação revelou agora que o preço médio dos smartphones acabou por crescer 10%, atendendo aos vários mercados e às várias marcas.
Aumento dos preços parece que não para
Segundo os especialistas, existem alguns fatores que podem explicar esta tendência pouco natural de aumento de preços. O primeiro é a redução das vendas e de redução de vendas, com os modelos de entrada de gama a serem menos procurados, por serem comprados normalmente de forma presencial.
Por outro lado, a chegada do 5G aos smartphones fez também disparar os preços. Estes novos componentes são ainda caros e por isso levou a que o serem incluído os preços subissem mais do que o esperado. Este era um movimento até já esperado, mas não neste contexto.
Quebra das vendas não serviu para atenuar
Curiosamente, a quebra do mercado acabou por se verificar não nos modelos premium. Estes tiveram apenas uma quebra de 8%, um valor baixo se comparado com os 23% que o mercado na totalidade sofreu. No campo das receitas, este valor foi de 15% em média.
A Apple continuou a ser a marca que mais lucrou com as vendas neste período, com 34%, seguida da Huawei, que mesmo com todas as limitações, arrecadou 20% deste valor. De seguida encontramos a Samsung com 17%, a Vivo com 7% e a Oppo com 6%.