Pplware

Jornalistas de todo o mundo espiados por spyware nos telemóveis

O mundo digital está rodeado de ameaças, como, por exemplo, spyware. De acordo com informações recentes, um consórcio de 17 órgãos de comunicação internacionais denunciou que jornalistas, ativistas e dissidentes políticos em todo o mundo terão sido espiados.

Para espiar foi usado um spyware desenvolvido pela empresa israelita NSO Group.


Spyware foi fabricado pela empresa NSO

Jornalistas, ativistas e dissidentes políticos de todo o mundo estiveram a ser espiados por um spyware nos telemóveis. O software foi desenvolvido pela empresa israelita NSO Group, que comercializa o ‘spyware’ Pegasus, que, inserido num smartphone, permite aceder a mensagens, fotos, contactos e até ouvir as chamadas do proprietário.

A NSO tem sido regularmente acusada de vender a regimes autoritários, mas sempre defendeu que o ‘spyware’ comercializado só era utilizado para obter informações sobre redes criminosas ou terroristas.

Na lista obtida por 17 órgãos de comunicação internacionais, estão registados 50.000 números de telefone selecionados pelos clientes da NSO desde 2016 para potencial vigilância, revela a Lusa.

A lista inclui os números de telefone de pelo menos 180 jornalistas, 600 políticos, 85 ativistas de direitos humanos e 65 líderes empresariais, de acordo com a análise realizada pelo consórcio, que localizou muitos em Marrocos, Arábia Saudita e México.

A NSO não é a única empresa israelita suspeita de fornecer ‘spyware’ a governos estrangeiros acusados de violar os direitos humanos, com o aval do Ministério da Defesa de Israel.

O software “DevilsTongue”, da Saito Tech Ltd, mais conhecido como Candiru, foi utilizado contra cerca de 100 políticos, dissidentes, jornalistas e ativistas, denunciaram na quinta-feira peritos da Microsoft e do Citizen Lab. Empresas israelitas como a NICE Systems e a Verint forneceram tecnologia à polícia secreta no Uzbequistão e no Cazaquistão, bem como às forças de segurança na Colômbia, acusou a ONG Privacy International, em 2016.

Leia também…

Exit mobile version