Os números de vendas que a Apple apresentou esta semana mostram bem o interesse que os consumidores têm nos seus dispositivos. Sendo equipamentos únicos e criados para serem ferramentas de trabalho, é normal que os utilizadores vejam neles parte das suas máquinas do dia-a-dia.
Foram várias as coisas que as vendas da Apple ontem mostraram, mas uma delas passou despercebida. Os dispositivos com iOS igualaram as vendas dos computadores pessoais com Windows.
Apesar de serem ecossistemas diferentes e com uma dimensão que se esperava ser completamente oposta, estes dois mundos têm estado a aproximar-se e neste momento estão lado a lado no número de vendas.
Neste trimestre a Apple anunciou ter vendido 47 milhões de iPhones e 10.9 milhões de iPads, o que dá um total combinado de 57.9 milhões de dispositivos com iOS, e sem contar com as vendas do iPod Touch.
Com estes números a Apple aproximou-se do universo de vendas dos dispositivos com o Windows, estando estas categorias equiparadas em termos de volumes de vendas.
Este é um processo que tem vindo a tomar forma desde que a venda de PCs começou a decair desde que atingiu o seu máximo em Junho de 2011. Do lado oposto as vendas de dispositivos com iOS está num crescimento estável desde 2008.
As vendas, desde há um ano para cá, têm estado ligeiramente abaixo dos 300 milhões de unidades, um número que do lado da Apple é excelente, mas que do lado dos PCs, e comprado com o passado, é francamente baixo.
Se esta é uma vitória para o universo iOS e para a Apple, importa lembrar que o ecossistema também já passou este marco há algum tempo.
Desde Março de 2012 que o sistema operativo da Google deixou para trás a meta dos PCs com Windows e segue solitário o seu caminho.
Apesar de serem universos distintos e com propósitos muito próprios, é interessante ver como o mercado se tem adaptado às novas ofertas e alterado as suas preferências no que toca aos dispositivos que compram.
O declínio das venda dos PCs tem estado a acentuar-se e desde há já bastante tempo que se prevê que atinja valores muito baixos. A chegada do Windows 10 pode dar um novo fôlego a este sector, mas provavelmente não será suficiente para o manter activo.