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Huawei continuará sem serviços Google: equipa de Biden “não vê razão” para suspender o veto

Depois de Trump ter perdido as eleições presidenciais dos Estados Unidos da América, existia a expectativa do conflito entre os EUA e Huawei terminar. Contudo, algumas das decisões do presidente cessante permanecerão com a nova administração de Joe Biden. Apesar de o novo presidente ter desfeito algumas das posições de Donald Trump, a relação com a Huawei não será para já revista.

Os telefones Huawei continuarão sem os serviços e aplicações da Google, porque a equipa de Biden “não vê razão” para suspender o veto.


Huawei continuará vetada aos serviços Google

A Huawei é uma das melhores marcas de smartphones do mercado. Contudo, esta “limitação” poderá deixar o utilizador preocupado dado que muitos dos serviços que usamos requerem suporte de aplicações e serviços Google. Apesar de a Huawei ter a sua AppGallery, a Google ainda está a anos-luz com a Play Store.

Assim, os utilizadores que adquiriram o smartphone da empresa têm vantagens na qualidade do hardware, mas questionam-se sempre pelo retorno dos tais serviços que foram vetados por Donald Trump. Então, com a entrada da nova administração Biden, a situação não será revista?

Aparentemente, não. Pelo menos foi o que indicou Gina Raimondo, que provavelmente se tornará chefe da pasta de Comércio dos Estados Unidos sob a presidência de Biden. Em comentários recentes, a política garantiu que “não vê razão” para a Huawei e outras empresas chinesas não continuarem na famosa lista negra quando se trata de fechar acordos comerciais com o país norte-americano.

 

Huawei continuará sem Play Store

As explicações de Raimondo foram no sentido oposto ao que se esperava:

Eu entendo que as empresas incluídas na Lista de entidades e na Lista de utilizadores finais militares são incluídas porque representam um risco para a segurança nacional dos Estados Unidos ou para os interesses da política externa.

Atualmente, não vejo razão para que as entidades desta lista não estejam presentes.

O impacto destas declarações é notável e, se alguém pensou que a situação de Huawei poderia mudar com a nova administração de Joe Biden, a resposta parece ser negativa, pelo menos por agora.

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês reafirmou a posição do governo chinês contra as restrições que afetam as empresas chinesas.

Exortamos que tal opressão contra as empresas chinesas seja detida.

 

O impacto poderá afetar as empresas de forma definitiva

A consequência para a Huawei é clara: continuarão a não poder utilizar os serviços ou aplicações Google nos seus telefones. Assim, os utilizadores não terão acesso ao Gmail, YouTube, Google Maps ou Google Play, entre outros. Além disso, terão também acesso restrito a outras tecnologias quando fabricarem os seus telefones.

A empresa tem vindo a tomar medidas há algum tempo para assegurar que este veto a afeta o menos possível. Espera-se que o seu sistema operativo HarmonyOS – que parece ser um fork do Android – esteja brevemente disponível em alguns dos seus futuros modelos.

Uma outra ação tomada pela gigante chinesa foi a de vender a sua sub-marca, a Honor, tornando-a assim numa marca independente. A ideia é que a Honor consiga voltar a ter acesso aos componentes da Google.

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