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Huawei continua a alargar a sua vantagem sobre a Apple e eclipsa a Samsung na China

O maior mercado mundial de smartphones reside na China. Aí, nenhuma fabricante supera a Huawei com os seus smartphones Android, nem mesmo a Samsung, líder global. Agora, ao cruzar os dados de várias agências de análise de mercado vemos um padrão consistente. A sua vantagem sobre a Apple é cada vez maior e a Samsung é praticamente insignificante neste mercado.

Graças aos dados das agências CanalysCounterpoint e IDC, todos eles incidindo sobre este mercado, temos agora uma noção plena sobre o desempenho da Huawei.  A marca prova que apesar da controvérsia nos Estados Unidos da América o seu sucesso deve-se mais fatores além do puro patriotismo.


Tal como denota o portal TheVerge, sustentando-se no relato do Financial Times, toda a controvérsia em torno da Huawei tem, afinal de contas, ajudado a marca a crescer. Algo que se torna evidente nos relatórios das agências de análise de mercado supracitadas.

A China prefere os smartphones da Huawei

Referindo-se ao caso concreto da China, a marca usufruiu de um pico de popularidade. Aqui sim, graças ao espírito patriótico dos seus cidadão, a procura pela Huawei nunca foi tão pronunciada. O Times aponta ainda um crescimento de 33% nas intenções de compra de um smartphone Huawei.

Enquanto isso, as ofertas das rivais Apple e Samsung têm sido preteridas. A mesma fonte aponta ainda que a detenção de Meng Wanzhou, diretora financeira da Huawei, tornou a marca num ícone. Para uma boa parte dos consumidores, o ato de desafio acabou por unir a China em torno da fabricante de smartphones.

Este sentimento patriótico ajudou a marca a crescer durante todo o ano de 2018. Contudo, não é um fenómeno exclusivo da China e muito menos do mercado de smartphones. Entre nós, certamente existirá uma boa percentagem de consumidores que, por exemplo, preferirá um par de sapatos feitos em Portugal. Ou um carro de proveniência alemã como exemplo paradigmático.

Os norte-americanos preferem os smartphones da Apple

Pela mesma razão, os consumidores norte-americanos tendem a preferir os smartphones da Apple, ainda que os mesmos sejam construídos na China. Aliás, torna-se difícil encontrar uma fabricante de smartphones cujos equipamentos não sejam produzidos nesse país, pelo menos em parte.

Ainda assim, o sucesso da fabricante chinesa não se deve apenas à súbita onda patriótica. Esta fabricante tem crescido consistentemente nos últimos anos, ao ponto de ultrapassar as demais fabricantes, incluindo aqui a Samsung que já chegou a liderar o mercado de smartphones na China.

Aliás, a Huawei colocou um ponto final ao duelo entre a Samsung e a Apple pela liderança do mercado global no último mês de julho. A partir de então, o duelo passaria a disputar-se entre a tecnológica sul-coreana e a sua rival chinesa. A tendência manteve-se deste então.

A Samsung e Apple vêm a sua posição enfraquecida na China

No seu mercado natal, a Huawei tem crescido muito às custas da Apple, Xiaomi, Samsung e demais concorrentes. Os consumidores têm-se unido em torno desta marca e adotaram as suas ofertas com uma boa relação preço / qualidade.

Aliás, as marcas não sediadas na China têm enfrentada um mercado cada vez mais nacionalista. Algo que tem afetado não só a Samsung bem como a Apple. A fabricante sul-coreana reconheceu esta tendência num dos seus últimos relatórios fiscais. A Apple, através das declarações de Tim Cook, também.

 

 

Acima, os dados da Counterpoint mostra-nos o estado deplorável da Samsung no mercado de smartphones na China. Com cerca de 1% de quota de mercado em 2018, a fabricante sul-coreana caiu 67% face à sua posição em 2017. Por sua vez, a Apple manteve os seus 10% de quota de mercado, ainda que o seu volume de vendas tenha caído cerca de 12%.

Ainda assim, nem tudo é perfeito para a Huawei

Apesar da sua liderança incontestável na China, existem ainda vários desafios para esta marca. Começando pelo reconhecimento da marca, sobretudo nos estratos superiores da sociedade e, consequentemente do mercado. A reputação da Huawei enquanto marca de luxo não está ao nível da Apple.

Ainda que o seu volume de vendas seja magnânimo, estes números são o resultado dos esforços conjuntos com a sua submarca, Honor. Assim, a fatia de leão das suas vendas é oriunda dos smartphones de gama média. Aqui para além das ofertas mais económicas.

A fabricante precisa agora de se impor também como marca de luxo. Isto caso queira rivalizar, ponto a ponto, com as ofertas de topo na Samsung, bem como da Apple. A seu favor, a fabricante chinesa tem vários anos de experiência e um mercado bastante fiel.

Posto isto, em 2019 contamos com novas ofertas de luxo. Smartphones que integrarão a gama P30, já para não falar do promissor smartphone dobrável desta empresa. Tudo isto ajudará esta marca a afirmar-se não só como a maior vendedora de smartphones, mas também como marca premium.

Entretanto, a Huawei continua empenhada em ultrapassar a Samsung até ao final de 2020. Na sua opinião, poderá o ano de 2019 ser ainda mais positivo para esta marca? E, conseguirá esta alcançar o seu ambicioso objetivo até ao final do próximo ano?

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