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Governo dos Estados Unidos em guerra com marcas chinesas

Depois de se destacar em vários mercados a nível global, a Huawei está a tentar inserir a sua linha de smartphones nos Estados Unidos.

Embora tudo estivesse alinhado para que isso acontecesse em larga escala este ano, o governo dos Estados Unidos tem colocado alguns entraves, querendo impedir a comercialização de equipamentos desta e de outras marcas com a mesma origem.


Embora nem sempre valorizadas, as marcas chinesas têm trazido alguma democratização no acesso a algumas tecnologias. Marcas como a Huawei ou Xiaomi conseguem oferecer excelentes soluções a um preço mais em conta, conseguindo chegar, com qualidade, a vários tipos de utilizadores.

Com um sucesso cada vez maior a nível global, existe um mercado que continua a ser de difícil acesso a estas marcas, o americano. Prova disso é a recente tentativa de entrada da Huawei nos Estados Unidos com os seus smartphones que tem sido sabotada pelo governo.

Negócio da Huawei com as operadoras americanas falhado

Depois de ter decidido apostar definitivamente no mercado americano, a Huawei definiu um plano para estar presente nas principais operadoras americanas. Após ter definido um acordo com a AT&T e a Verizon para a comercialização do Mate 10 Pro, as operadoras voltaram atrás na sua decisão após pressão de membros do governo e senado americano.

Tendo em conta as adversidades, a Huawei decidiu manter a estratégia de entrada no país com a aposta no mercado de smartphones livres, que têm menos força naquele país.

No entanto, embora tenham conseguido a não comercialização dos smartphones Huawei nas operadoras, as restrições não ficaram por aí. No senado está já em discussão uma lei que pretende proibir a utilização de dispositivos da Huawei ou ZTE por membros do governo, baseado na opinião de que estas marcas são demasiado próximas do governo chinês e da possibilidade de estarem a espiar para o mesmo.

Diretores de serviços de inteligência não recomendam Huawei e ZTE

Para agravar a posição da Huawei nos Estados Unidos, e reforçando a intenção de boicote a estas marcas chinesas, os diretores de seis dos maiores serviços de inteligência como a CIA, NSA e FBI anunciaram que não recomendam a utilização de equipamentos Huawei, ZTE e outras marcas ligadas ao governo chinês.

Estas declarações foram apresentadas numa audiência no comité de inteligência do senado americano, onde Chris Way, apoiado pelos outros diretores, se mostrou preocupado pela presença destas marcas nos seus sistemas de rede e no perigo de espionagem que apresentam. Além disso, Wray refere também que detetaram que os equipamentos e smartphones da Huawei têm capacidade de modificar ou roubar informações do utilizador e da rede que utilizam. Por fim, aconselha os operadores privados e ISP’s a não utilizarem estes dispositivos.

A Huawei já reagiu a esta posição dos responsáveis dos serviços de inteligência americanos, onde reforçou o seu compromisso e confiança com outros governos e clientes em mais de 170 países, sem que tenham havido riscos de cibersegurança.

Por seu lado a ZTE referiu que mantém constantemente a preoucpação com a segurança e privacidade dos seus clientes e que está disponível para cumprir todas as normas e regulamentos americanos, assim como trabalhar com o governo e as operadoras na análise de qualquer questão de segurança que possa surgir.

Problema já começara no passado

Embora se comecem a intensificar agora as ações contra as empresas chinesas, os problemas não são de agora. Além de membros do congresso já terem afirmado, em 2012, que as marcas ZTE e Huawei deviam ser proibidas de comprar empresas americanas devido a ameaças de segurança, em 2014 o governo já tinha proíbido qualquer contrato governamental com estas marcas.

O governo americano aponta assim as armas a estas e outras empresas chinesas, acusando-as de estarem ligadas ao governo chinês e de passarem informação sensível dos seus utilizadores e de outros países.

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