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Google leiloará os lugares de destaque a cada motor de pesquisa na Europa

A norte-americana Google deixará os utilizadores de tablets e smartphones Android, na Europa, escolher o seu motor de pesquisa favorito. A empresa já o havia afirmado no passado, mas começa agora a aplicar isso mesmo de forma gradual e faseada. Em si, a medida pretende sobretudo apaziguar os reguladores europeus.

Saiba agora quais serão os motores de pesquisa ao seu dispor, além do mais conhecido, o Google.


A notícia foi avançada pela própria Google através do seu blog. Estamos assim perante uma nova era para os utilizadores de tablets e smartphones Android que, no nosso continente, terão maior liberdade de escolha.

Maior liberdade de escolha na Europa

A medida foi precedida, em abril último, pelo mesmo procedimento quanto aos navegadores. Isto é, também já pode definir um browser, além do Chrome, como o seu favorito. Assim, a partir de 2020, teremos uma abrangência mais alargada, ao ser o próprio motor de busca dos tablets e/ou smartphones Android.

Com efeito, a partir de 2020, os utilizadores de novos tablets ou smartphones Android terão que escolher o seu motor de busca favorito ao configurar um novo dispositivo móvel. Algo que pretende também apaziguar o órgão regulador europeu, sobretudo a Comissão Europeia que tem colocado a Google na sua mira.

Recordamos, para esse fim, as multas previamente aplicadas na Europa à Google. Em causa estiverem sempre acusações de práticas anti concorrenciais. Algo que essencialmente privava o consumidor, de uma forma, ou de outra, de opções de escolha. De igual modo, a liderar as investigações temos a comissária Margrethe Vestager.

Poderá escolher o motor de busca dos tablets e smartphones Android

Há, contudo, uma peculiar particularidade a ser tida em consideração. A Google, enquanto responsável pelo sistema operativo Android, não dará de mão beijada um lugar de destaque a um motor de busca concorrente. Na prática, se um determinado concorrente quiser aparecer nessa janela de opções, terá que pagar.

A gigante norte-americana deu a saber que leiloará as vagas (um total de 3), dedicadas aos concorrentes. Por conseguinte, a vaga restante (4.ª) será ocupada pelo motor de busca da Google, sempre. Desse modo, o utilizador terá realmente uma maior liberdade de escolha e a tecnológica não sairá prejudicada.

 

 

No leilão em cada país, os provedores de pesquisa (motores de pesquisa), declararão o valor que estão dispostos a pagar cada vez que um utilizador os selecionar no ecrã de opções desse mesmo país. Asseguraremos que, em cada país, existirá uma licitação mínima garantida. Já os três maiores licitantes, que atingirem ou excederem o limite da licitação para um determinado país, aparecerão assim no ecrã de escolha do país em questão.

A Google leiloará o lugar de destaque para cada motor de busca

Em síntese, se um determinado motor de busca estiver interessado em aparecer neste novo menu, terá que licitar para lá chegar. Só assim, atingindo um teto mínimo, ou ultrapassando-o, é que será uma escolha para novos tablets e smartphones Android. A partir daí, o resto estará nas mãos dos utilizadores.

Note-se ainda que para cada país na Europa será levado a cabo um leilão. Portanto, a lista de motores de busca apresentados em Portugal pode diferir da que será eventualmente apresentada em Espanha, por exemplo. Algo que pode diversificar ainda mais a liberdade de escolha na Europa, já em 2020.

No entanto, a Google não especifica qual será o valor mínimo de licitação. Ainda assim, afirma que o número de licitantes, bem como o respetivo valor licitado em cada país na Europa será mantido privado. Já na eventualidade de não preencherem todos os lugares, a Google selecionará um quarto aleatoriamente.

Os lugares de apresentação serão aleatórios

Isto é o mesmo que dizer que o Google não estará em primeiro lugar em todos os ecrãs. Algo que será aleatoriamente atribuído para evitar algum abuso. Ainda assim, nem todos os responsáveis por motores de busca estão satisfeitos com a solução apresentada pela Google.

De acordo com Eric Leandri, CEO da francesa Qwant, apesar do interesse demonstrado na implementação, apelida-a de abusiva. “Pedir dinheiro só para aparecer numa lista de alternativas“, crítica constante nas declarações à Bloomberg. Com efeito, a presença na lista, não significa que será escolhida.

Já para o utilizador de tablets e smartphones Android na Europa será sem dúvida uma benesse. O simples facto de podermos escolher outro motor de busca só enriquece a nossa liberdade. Já para os responsáveis pelos motores de busca, as candidaturas terminam a 13 de setembro.

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