A novela WeChat, Estados Unidos da América (EUA) e Trump continua! Hoje deveria entrar em vigor a proibição imposta pelo Departamento de Comércio de fazer download da app WeChat nos Estados Unidos. No entanto, a juíza Laura Beeler, da Califórnia, suspendeu tal proibição.
De acordo com dados mais recentes, a app WeChat é usada por cerca de 19 milhões de pessoas nos EUA.
O objetivo da imposição era bloquear o WeChat e TikTok
O WeChat é um dos mais usados e conhecidos serviços de mensagens na China. Está disponível para os principais sistemas móveis e é usado da mesma forma que o Messenger ou o WhatsApp. O Departamento de Comércio dos EUA tinha imposto a proibição dos americanos fazerem download desta aplicação e também do TikTok.
Segundo as informações, tal imposição foi em nome da segurança social e visava objetivamente desativar o download das apps. No caso do WeChat, também se proibiu a possibilidade de, a partir de domingo (hoje), ser possível fazer qualquer transferência de fundos ou pagamentos nos EUA por meio desta app.
No entanto, tal imposição foi contestada em tribunal por um grupo de utilizadores que alegaram que a decisão restringia a liberdade de expressão. A China disse no sábado que agiria contra empresas e indivíduos estrangeiros que “pusessem em risco” a sua soberania e segurança, e emitiu novas regras relativas a uma lista de “entidades não confiáveis”, anunciada há mais de 15 meses e ainda por publicar, revela a Lusa.
Este sábado, o Governo dos Estados Unidos anunciou que iria adiar, por uma semana, a aplicação das medidas contra a TikTok, depois de Trump ter dado o seu aval a um acordo preliminar para que pudesse continuar a operar no país. Este adiamento deve-se ao acordo com a Oracle e com o Walmart.
Desde que assumiu o cargo, em 2017, Trump tem travado uma guerra comercial com a China, bloqueando fusões que envolvam empresas chinesas e sufocando os negócios de empresas chinesas como a fabricante de telemóveis e equipamentos de telecomunicações Huawei.
O Ministério do Comércio da China condenou as medidas dos Estados Unidos e instou o país a parar aquilo que chamou de “comportamento de intimidação”.
O ministério garantiu ainda que a China tomará as “medidas necessárias” para proteger as suas empresas chinesas.