A Google, ao contrário da Apple, permite a colocação livre por parte de programadores das sua aplicações. Esta liberdade trouxe problemas graves, falta de qualidade e muito lixo que existe na Play Store. A quantidade de apps mal concebidas fazem sombra ao software de qualidade que existe também em boa medida, mas a Google quer fechar o seu sistema para tornar a oferta mais segura, com mais rigor e muito mais qualidade.
Esta é uma estratégia que a Apple segue desde sempre, mas será que a Google percebeu que esse é o caminho?
Há hoje muito mais aplicações para Android que para iOS, mas na verdade as queixas dos utilizadores Android deixam perceber as preocupações da Google. A Play Store tem imensas aplicações inúteis, com fraca qualidade e muito inseguras. Claro que a Google há anos que vem incentivando os programadores a criar aplicações de alta qualidade, contudo, o seu esforço nem sempre foi bem-sucedido.
Para contornar o problema, a Google estabeleceu uma nova diretriz. Às aplicações que apresentarem mau desempenho em termos de estabilidade e eficiência de energia, a Google poderá reduzir a sua visibilidade na Play Store.
Sistema livre sinónimo de sistema seguro?
Enquanto a Apple mantém um controlo apertado sobre as aplicações que podem estar disponíveis na App Store, a abordagem do Google sempre foi demasiado permissiva. O resultado é que, embora a Play Store atraia programadores em aprendizagem e facilite a criatividade do programador, algumas aplicações falham constantemente, deixam de funcionar, ou mesmo, têm um consumo abrupto de energia.
Na intenção de reafirmar o seu compromisso de melhorar a experiência do Android e no desempenho geral do dispositivo, a Google quer concentrar-se na velocidade, segurança e estabilidade do sistema operativo, e não apenas para os utilizadores finais, mas também para programadores. Só assim fará um sistema muito mais capaz de abranger milhões de utilizadores e programadores.
Já se viu que a Google está a arrumar a casa, recentemente vimos a empresa americana a apresentar o Project Treble para melhorar a cooperação do Android com as necessidades dos fabricantes por forma a oferecer a todos os utilizadores uma experiência de utilização de qualidade. Vimos igualmente que há outros esforços para conter abusos, e não será de estranhar que as apps Android possam negar instalação em dispositivos com root.
Mas então o que poderá agora ser exigido?
O “fabrico” de aplicações podem ver as regras mais apertadas, receber várias métricas e pontuações na estabilidade das suas aplicações, tempo de renderização e uso de bateria.
Mais especificamente, a Google recolher os seguinte dados:
- Taxas de não resposta da aplicação (ANR)
- Taxa de falhas
- Renderização lenta
- Congelamento de Ecrã
- Bloqueios de inativação (a aplicação mantém o dispositivo ativo por mais de uma hora)
- Excessivos wake-ups (a aplicação ativa o dispositivo mais de 10 vezes por hora)
Usando essas métricas, a Google quer descobrir quais as aplicações que estão abaixo dos 25%. Caso a sua aplicação esteja nestes parâmetros é possível que deixe de ser visíveis na Play Store.
Lembramos que em fevereiro, a empresa anunciou que o desempenho de um aplicativo afetará a sua “promoção”, o que significa que com a nova iniciativa do Google, as aplicações têm de respeitar os padrões mínimos e que atendam às métricas mencionadas sobre o risco de não serem visíveis na Play Store.
Com milhões de aplicações disponíveis agora, a Google Play Store enfrentou muitas críticas sobre aplicações falsas, aplicações de baixa qualidade e aplicações de malware nos últimos anos. Portanto, o novo programa do Google, promete estabelecer padrões mais rigorosos, e é certamente uma mudança bem-vinda.
Via: reddit
Acha que os novos padrões da Google terão impacto positivo?
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