O escândalo da Cambridge Analytica trouxe sérios problemas ao Facebook e mostrou a forma frágil como esta rede gere os dados dos utilizadores. Embora Mark Zuckerberg tenha escapado com “poucos danos colaterais”, é o alvo das críticas e é apontado como responsável quer na conceção do negócio, quer na forma como geriu o grave problema.
Ao que parece, Mark está a tentar retaliar a várias críticas que recebeu, como as mais recentes do CEO da Apple, Tim Cook. Assim, o patrão do Facebook tem “ordenado” aos altos quadros da empresa para que deixem os seus iPhones e adorem smartphones Android.
Esta nova informação surgiu agora na sequência de uma investigação do jornal New York Times a todo o processo e aos dias complicados que seguiram o rebentar do escândalo da Cambridge Analytica.
Mark Zuckerberg quer tirar produtos Apple do Facebook
Segundo as informações existentes, e como resultado das afirmações de Tim Cook sobre o caso, Mark Zuckerberg terá iniciado uma cruzada para eliminar os produtos da Apple de dentro das instalações do Facebook.
Declarações de Tim Cook enfureceram Mark Zuckerberg
No decorrer de todas as polémicas que foram sendo descobertas, várias figuras vieram a público comentar as questões que se foram levantando tendo uma delas sido Tim Cook, que foi muito crítico sobre o caso.
O patrão da Apple terá comentado que “a privacidade é um direito humano” para a Apple e que a Apple “poderia ganhar muito dinheiro se monetizassem as informações dos clientes – se os clientes fossem o produto. Mas optaram por não o fazer.”
.@karaswisher asks Apple CEO @tim_cook what he would do if he was Mark Zuckerberg.
“I wouldn’t be in this situation.”#RevolutionCHI pic.twitter.com/EuVLEEGTem
— Recode (@Recode) March 28, 2018
A mudança para o Android no Facebook
Foram estas palavras de Tim Cook que enfureceram Mark Zuckerberg e que terão levado a que este terá ordenado aos dirigentes do Facebook para abandonarem os smartphones da Apple e usar smartphones Android.
A justificação que Mark Zuckerberg terá apresentado para esta decisão baseou-se no facto do Android ser o sistema operativo móvel mais usado e que por isso seria o padrão daí em diante.
A defesa do Facebook e de Mark Zuckerberg
Depois do lançamento da reportagem do New York Times, o Facebook já veio a público defender-se e esclarecer alguns pontos. A rede social admite que reagiu de forma lenta às ações Russas no Facebook e nas eleições americanas, negando, no entanto que já teria conhecimento da mesma.
Ao mesmo tempo, reforça também que a mudança para o Android se deu apenas por ser o sistema operativo mais popular do planeta. Referem ainda as constantes críticas de Tim Cook ao modelo de negócio do Facebook e à forma como Mark Zuckerberg discorda delas.
Numa nova declaração há poucas horas, o Facebook nega muitas das alegações na história do NYT – incluindo a ideia de que “ordenou” que qualquer dos seus funcionários deixassem de usar o iPhone. A empresa diz que apenas “encoraja” o uso do Android e que isso não é uma nova política.
Tim Cook tem criticado constantemente o nosso modelo de negócios e Mark tem sido igualmente claro que discorda. Portanto, não houve necessidade de empregar mais ninguém para fazer isso por nós. E há muito que encorajamos os nossos funcionários e executivos a usar o Android, porque é o sistema operativo mais popular do mundo.
O caso está ainda a marinar nas acusações e tem frente a frente duas empresas poderosas, contudo, a Apple é severamente defensora da privacidade dos seus utilizadores, enquanto o Facebook tem mostrado ao longo dos últimos tempos uma má gestão com danos claros para a privacidade dos milhões de utilizadores da rede social.