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Android Oreo – Como afeta autonomia e desempenho?

O Android Oreo foi apresentado no passado dia 21 de agosto e trouxe consigo novidades e funcionalidades novas que proporcionam capacidades mais avançadas aos equipamentos.

Para além destas novidades, são sempre esperadas alterações no desempenho e autonomia, quer sejam positivas ou negativas. Neste quesito, como é que o Android Oreo se destaca do seu antecessor Nougat? Fizemos a análise no Nokia 8.


Apesar de ter sido apresentado há alguns meses, o Android 8 ainda não marca presença em muitos equipamentos, sendo esperada a sua disponibilização, de forma faseada, ao longo dos próximos meses.

Não obstante, uma das fabricantes que já executou essa disponibilização nos seus modelos é a Nokia. Neste caso em específico, testámos as alterações no Nokia 8, topo de gama da marca que já foi testado aqui no Pplware.

O Nokia 8 é um bom modelo para esta análise porque o seu Android é uma versão bastante pura e aproximada da que a Google oferece nos smartphones da gama Pixel. As únicas alterações efetuadas pela Nokia são simplesmente a aplicação da câmara e uma dedicada ao suporte e apoio pós-venda dos seus equipamentos. Tudo o resto obedece à filosofia da Google.

Aquando da análise ao Nokia 8, efetuámos diversos testes de benchmark ao equipamento, nomeadamente PCMark para a autonomia, AnTuTu e Geekbench para o desempenho. Estes resultados, medidos com Android 7.1.1, serão agora comparados aos da atual versão 8.0.0.

 

Autonomia

No parâmetro da autonomia, segundo os testes do PCMark, o Nokia 8 (Android 7.1.1) consumia, em 7 horas e 20 minutos, 60% da bateria. Esta medição foi efetuada entre os 80% e 20% de carga, com um brilho ajustado nos 50%.

Com a mais recente atualização do Android 8 disponibilizada para o equipamento, a autonomia no mesmo teste foi melhorada para as 7 horas e 49 minutos, numa medição efetuada com as mesmas condições do teste com a anterior versão do sistema operativo.

O Nokia 8 desde sempre teve uma boa gestão da bateria, especialmente quando inativo, mas com a mais recente atualização do Android passou a ser mais poupado quando em utilização. Isto reflete-se na sua utilização diária, colocando assim o dispositivo distante das tomadas por mais tempo.

 

Desempenho

Um dos pontos fortes do modelo usado nesta análise e comparação, o Nokia 8, é o seu desempenho. O seu hardware, em conjunto com o Android limpo e leve, resultavam em desempenhos de topo.

Depois de atualizado para o Android Oreo, realizámos novos testes de benchmark de modo a comparar com os resultados obtidos no Android Nougat.

No AnTuTu, o Nokia 8 regista uma subida na pontuação. Anteriormente com 175721 pontos, no Android 8.0 conseguiu ultrapassar esta marca e subiu para os 182288 pontos.

No que toca ao Geekbench, tais resultados não são tão expressivos e conclusivos como os do AnTuTu. Ao passo de que, no Android Nougat, o Nokia 8 atingiu 1924 pontos em single-core e 6545 pontos em multi-core, no Android Oreo os resultados registam diferentes nuances. Foram pontuados 1931 pontos em single-core, o que é uma ligeira subida em relação à anterior versão. Contudo, no parâmetro multi-core, o Nokia 8 ficou-se pelos 6539, o que é uma ligeira descida face ao Android Nougat.

Na minha experiência pessoal com o equipamento, devo admitir que a performance foi um pouco beliscada com a atualização. As transições entre aplicações não se efetuam de forma tão célere e fluida como anteriormente, mas as diferenças não são muito expressivas. Na restante utilização, o Nokia 8 com Android Oreo não regista alterações visíveis em relação ao Nougat.

Com estes resultados, podemos concluir que o novo Android Oreo é um passo em frente no que toca à experiência de utilização dos equipamentos.

Na autonomia os resultados são unânimes e existem, de facto, aprimoramentos na duração das baterias. Quanto à performance, os produtos não são tão expressivos ou conclusivos, mas, no geral, não são esperadas grandes mudanças nas prestações dos equipamentos.

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