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6 características dos smartphones que são sobrevalorizadas

Como temos vindo a reparar, a inovação dos smartphones está longe de ter um fim. Muitas das tarefas que costumavam requerer tecnologias à parte podem agora ser feitas nos nossos smartphones. Contudo, nem todas as características desenvolvidas são tão úteis quanto pensa.

Existem algumas características que são sobrevalorizadas pelas empresas. Descubra algumas delas.


Por muito impressionante que seja ter todas as características de ponta dentro de um dispositivo portátil que se pode levar para todo o lado, será que elas fazem realmente diferença?

 

1. Gravação de vídeo 8K

Tivemos gravações de vídeo de 4K (3840 x 2160 píxeis) em smartphones durante pouco menos de uma década. Para lhe dar alguma perspetiva, um dos primeiros smartphones Samsung a obter a funcionalidade foi o Galaxy S5 em 2014.

A gravação de vídeo 4K era bastante inútil na altura, uma vez que a qualidade da imagem era fraca e apenas servia como um truque de marketing. Hoje em dia, o 4K está presente em quase todos os smartphones.

Isto faz sentido porque consumimos frequentemente conteúdo vídeo em smartphones, tablets, computadores portáteis e dispositivos de tamanho semelhante. Os seus ecrãs são suficientemente grandes para que se possa distinguir entre vídeo 1080p e 4K.

Mas quando se trata de 8K (7680 x 4320 píxeis), a melhoria não é percetível. Um dos raros casos em que a resolução de 8K pode fazer sentido é no que toca a gaming profissional. Para algo mais casual, torna-se um exagero.

 

2. 16GB de RAM nos smartphones

Outro exagero é a RAM de 16GB. A quantidade de RAM que um smartphone deve ter depende do uso que lhe será dado. Para a maioria das pessoas, 6GB de RAM é suficiente para atividades diárias como navegação na web, jogos leves, música, streaming de vídeo, redes sociais, etc.

Para utilizadores avançados e jogadores, 8GB de RAM é suficiente para executar todas as aplicações e jogos, e mesmo 12GB de RAM garantirão que mesmo jogos pesados funcionarão sem problemas. Qualquer coisa para além disso é desnecessária, uma vez que, de qualquer forma, não estará a executar tantas aplicações em segundo plano ao mesmo tempo.

 

3. Câmara 108MP

Megapíxeis superiores não significam maior qualidade de imagem. As empresas de smartphones adoram gabar-se dos megapíxeis com que as suas câmaras contam, mas isso não significa que estas sejam melhores.

Um número superior de megapíxeis só ajuda a aumentar a resolução da sua fotografia. Isso significa que pode facilmente ampliar e cortar as suas fotografias sem perder os detalhes. No entanto, devido à maior resolução, o tamanho do ficheiro é também maior e, portanto, ocupa mais espaço.

Há principalmente duas razões para não ser necessária uma máquina fotográfica de 108MP: os smartphones hoje em dia já vêm com uma lente zoom para quando se quer fotografar objetos distantes; e para fotografias regulares não é necessária tanta resolução para assegurar a clareza das suas imagens.

 

4. Carregamento wireless

Embora esta tecnologia esteja a melhorar lentamente ao longo dos anos, o carregamento wireless não deve ser uma prioridade ao comprar um smartphone novo. É ineficiente e produz muito calor.

Em comparação, o carregamento por fio é mais rápido, mais barato, mais eficiente, mais durável, não sobreaquece, e produz menos desperdício no processo de fabrico – tornando-o menos prejudicial para o ambiente.

 

5. Taxa de Atualização de 144 Hz

Há uns anos, quase todos os smartphones contavam com uma taxa de atualização de 60Hz. Mas desde o lançamento do OnePlus 7 Pro em 2019, a indústria tecnológica não olhou para trás. Passámos de 60Hz para 90Hz, e depois para 120Hz num abrir e fechar de olhos.

Até 2020, os ecrãs de 120Hz limitavam-se a smartphones mais recentes e de gama média. Agora, já qualquer smartphone tem esta funcionalidade. Embora estejamos gratos por esta evolução, ir mais longe do que 120Hz é desnecessário. Além de exagerado, a diferença entre 120Hz e 144Hz simplesmente não é muito visível.

A questão aqui é que não faz sentido desperdiçar tanta vida útil da bateria em troca destas melhorias insignificantes que não contribuem muito para a experiência global do utilizador. Além disso, a maioria dos jogos móveis nem suporta 144Hz.

 

6. Ecrã QHD nos smartphones

Os ecrãs Quad HD (2560 x 1440 píxeis) são bastante comuns nos smartphones mais recentes, e já os temos desde 2014. Os ecrãs QHD são visivelmente mais nítidos que os ecrãs Full HD, também conhecidos como ecrãs de resolução 1080p (1920 x 1080 píxeis).

O problema é que os ecrãs QHD consomem mais energia. Em comparação com os ecrãs Full HD, pode perder quase 10% de autonomia da bateria durante um dia inteiro de utilização. Além disso, o primeiro é uma característica disponível apenas em smartphones mais recentes, por isso, se quiser essa resolução, não tem outra alternativa senão gastar mais de cerca de 600€.

 

Evite características de smartphones sobrevalorizadas

É sempre excitante ver empresas a ultrapassar os limites com a sua tecnologia de ponta. Mas admirar novas tecnologias e tomar uma decisão de compra são duas coisas muito diferentes. Só porque um smartphone suporta uma funcionalidade de alta qualidade, não significa que realmente precise dele.

Não faz sentido pagar um preço mais elevado por tal dispositivo quando, de qualquer forma, não se vai fazer muito uso delas. As características acima mencionadas são mais adequadas para alguém que seja um entusiasta, um gamer, ou alguém que vive da tecnologia.

Não deve considerar estas características ao comprar um novo smartphone.

 

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