Foi através do WhatsApp que um vídeo com 5 anos se viralizou. Uma cidadã espanhola, colocou termo à vida após um vídeo de cariz sexual ter sido divulgado junto dos colegas de trabalho, na Iveco. A gota de água deu-se quando a cunhada mostrou o vídeo ao marido de Verónica numa das mais populares redes sociais.
Deixa dois filhos e o marido, tudo por causa de um vídeo sexual que gravou quando tinha 27 anos.
Entretanto, o caso que começou a ser investigado como suicídio, pode agora escalar para uma acusação mais abrangente. Com efeito, os seus colegas de trabalho podem vir a sentar-se no banco dos réus em Espanha. São cerca de 2500 os possíveis culpados pela morte de Verónica. Um crime que pode vir a ter punição.
Vídeo sexual com 5 anos viralizou no WhatsApp
De acordo com o diário espanhol, tudo começou há mais de 5 anos. Então com 27 anos, Verónica Rubio, ainda solteira e a trabalhar na Iveco, gravou um vídeo sexual no seu dispositivo móvel. O tempo passou e, deste então, Verónica casou-se, tendo dois filhos, fruto da relação. A princípio era uma vida normal.
No entanto, há cerca de duas semanas o vídeo sexual saiu do seu smartphone e foi parar às redes sociais, ainda que não se saiba como. Foi então que, através da rede WhatsApp, este material sensível foi posto em circulação e começou o calvário de Verónica. O vídeo sexual espalhou-se pela empresa onde trabalhava há 6 anos.
Piorando a situação, os seus colegas de trabalho começaram a partilhar imagens entre eles, sempre através dos grupos de chat do WhatsApp. Alheios ao sofrimento que estavam e viriam a causar, continuaram as partilhas numa das mais populares redes sociais. A sua privacidade foi completamente trucidada.
A devassa da vida privada de Verónica nas redes sociais
“É essa aí”, apontavam os colegas de trabalho. “Vê, é mesmo essa a do vídeo”, aponta também o diário El Mundo no caso que está a chocar a Espanha e a alertar para os perigos das redes sociais. Verónica, com 32 anos, colocou termo à sua vida no último sábado. Deixa um filho de quatro anos, bem como um de 9 meses.
Importa, portanto, descobrir quem partilhou originalmente o vídeo no WhatsApp, a faísca que viria a transformar-se numa sentença. Já de acordo com o diário espanhol, Verónica terá mantido uma relação afetiva com outro colaborador da Iveco. Contudo, a relação entre ambos havia terminado há 5 anos.
Ainda assim, o antigo parceiro terá tentado contactar Verónica com o intuito de reatar a relação. Esta, por sua vez, recusou-o e perante esta frustração, o homem agiu com rancor e terá divulgado o vídeo sexual no WhatsApp. Infelizmente, é uma prática demasiado comum, sempre com motivos passionais.
2500 colegas na Iveco terão visto o vídeo sexual de Verónica
O caso choca, não só (mas sobretudo) pelo desfecho, mas também pelo potencial nocivo das redes sociais. O WhatsApp foi utilizado como meio de humilhação de uma jovem mãe descrita como “alegre e muito positiva”, estimada pelo empregador e colegas de trabalho. Isto é, até ao momento em que o material começou a circular.
Ao tomar conhecimento do sucedido, a empresa aplicou o protocolo específico para situações deste género. Na prática, propôs a Verónica uma transferência para outro posto de trabalho ou um período de baixa, sendo a proposta rejeitada. Já de acordo com as suas colegas, Verónica estaria a contemplar a ideia.
O caso tomaria um desvio para o pior quando, na passada sexta-feira (24) a cunhada de Verónica mostrou o vídeo sexual ao marido desta. Seguiu-se um ataque de ansiedade assim que ela tomou conhecimento, de acordo com uma amiga que a acompanhou. “Foi fatídico”, avança a última pessoa que a viu com vida.
Contam ainda fontes próximas que a mãe de Verónica, incrédula, teve que perguntar aos colegas de trabalho da filha o que motivou a mulher jovem a tomar tal decisão. A indignação está agora montada e o caso a ser investigado, não só como suicídio com base no artigo 197.º do Código Penal espanhol.
Segue agora uma investigação mais compreensiva dos eventos em causa.