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WhatsApp barrou a conta do Podemos a 5 dias das eleições em Espanha

O partido político Podemos, de esquerda a extrema-esquerda, viu a sua conta de WhatsApp a ser bloqueada a 5 dias das eleições em Espanha. O serviço de mensagens instantâneas acusa o partido de Pablo Iglesias de “violar as regras” desta rede social, cujo principal grupo já teria mais de 60 mil utilizadores.

O WhatsApp afirma que o envio de mensagens em massa, ou programas de terceiros para automatizar mensagens é expressamente proibido. Entretanto, o partido espanhol já manifestou o seu desagrado.


“Utilizamos o mesmo serviço e as mesmas ferramentas no WhatsApp que os outros partidos”, respondeu o Podemos. Ainda assim, mantém-se o bloqueio, pela rede social, ao principal canal digital utilizado pelo partido político para comunicar com uma percentagem significativa dos seus principais eleitores.

O Podemos viu a sua conta de WhatsApp a ser bloqueada

Em declarações ao jornal ElDiarioa rede social e plataforma de mensagens acusa o partido político de fomentar o envio em massa de menagens. Mais concretamente, o WhatsApp deu a saber que:

Os nossos termos são explícitos e não permitem o envio de mensagens em massa. O mesmo se aplica ao uso de programas (software) de terceiros para automatizar o envio de mensagens.

Com efeito, esta foi a justificação avançada por uma porta-voz do WhatsApp à fonte supracitada. Entretanto, o partido político já manifestou o seu repúdio perante a decisão. A réplica foi avançada por Juan Manual Del Olmo, o secretário de comunicação do Podemos.

Del Olmo vai mais longe e afirma:

Temos o consentimento expresso de cada um dos utilizadores a quem mandamos informação. Além disso, utilizamos o mesmo serviço, bem como a mesma ferramenta de mediação com o WhatsApp. A mesma que é utilizada pelos demais partidos políticos, frisou o secretário de comunicações.

O bloqueio foi aplicado pela rede social na segunda-feira (22)

Ainda de acordo com a fonte espanhola, o grupo de comunicação já tinha mais de 60 mil utilizadores inscritos, todos eles deparando-se agora com uma interrupção na comunicação e mensagens emanadas do partido político. Contudo, a pedra de toque parece ter sido a tempestividade da decisão, a 5 dias das eleições em Espanha.

O secretário de comunicações do Podemos reitera que o seu partido não violou os termos e condições do WhatsApp. Através do seu Twitter, avança ainda que “Em todos os momentos, a nossa equipa de gestão cumpriu os trâmites previstos nos termos e condições de uso da aplicação WhatsApp. Dessa forma solicitando de forma específico, e através dos meios adequados, a verificação das contas do Podemos.

A medida foi, entretanto, confirmada pela empresa norte-americana, sem precisar grandes detalhes para além dos supracitados. Assim sendo, o Podemos terá violado as regras e condições do serviço de mensagens instantâneas, tal como o avança também a imprensa em Espanha.

https://twitter.com/juanmalpr/status/1120653941015044096

O Podemos apela agora, nas entrelinhas, a que seja aplicada a mesma sanção aos demais partidos que pratiquem os mesmos envios em massa. Nesse sentido, através da mesma rede social, del Olmo ilustra o seu ponto de vista com uma das mensagens que terá sido posta a circular pelo PSOE.

Utilizamos o mesmo serviço e as mesmas ferramentas que os outros partidos, ripostou o Podemos.

Aguardamos agora pelo desfecho de toda a situação. Entretanto, o PSOE de Pedro Sanchez lidera as sondagens para as próximas legislativas em Espanha.

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