O TikTok está, constante e frequentemente, sob escrutínio, pela alegada falta de proteção dos mais novos. Contudo, agora, a plataforma de entretenimento anunciou que vai permitir que os pais filtrem os conteúdos que são apresentados aos filhos.
Com as redes sociais e o acesso facilitado às plataformas pelos mais novos, o debate procura perceber em quem recai a responsabilidade: nos pais ou nas empresas responsáveis pelas aplicações?
Independentemente da resposta, que ainda não é consensual, o TikTok anunciou que vai deixar nas mãos dos pais a moderação do conteúdo. Ou seja, a nova funcionalidade da plataforma de entretenimento permitirá que os encarregados de educação filtrem os vídeos, de modo a assegurar uma maior proteção das crianças a conteúdos sensíveis.
Esta novidade vem juntar-se a uma outra funcionalidade de associação familiar, que permite que os responsáveis pelas crianças liguem a sua conta à dos filhos, por forma a controlar as definições, onde se inclui, por exemplo, os limites de tempo de ecrã.
Atualmente, os utilizadores do TikTok podem definir filtros de conteúdos e evitar, dessa forma, vídeos associados a determinadas palavras ou hashtags. Contudo, segundo Julie de Bailliencourt, diretora global de política de produtos, a possibilidade de serem os pais a configurarem-nos adensa a segurança dos mais novos.
Queríamos ter a certeza de que tínhamos o equilíbrio certo entre pragmatismo e transparência para permitir que as famílias escolhessem a melhor experiência para a sua própria família, porque cada família é diferente.
Quisemos também garantir o respeito pelo direito dos jovens a participar. Por isso, por defeito, os adolescentes podem ver as palavras-chave que os seus pais ou tutores adicionaram.
Explicou Julie de Bailliencourt.
Julie de Bailliencourt, diretora global de política de produtos
A diretora confia que a nova funcionalidade vai “desencadear uma conversa” entre os mais novos e os encarregados de educação, relativamente aos limites online.