Ainda que sejam pejadas de controvérsia. Apesar de a privacidade ser virtualmente inexistente, mesmo perante a propagação das fake news, sabia que as redes sociais estão a crescer como nunca? Ou que em Portugal dedicamos mais de duas horas por dia ao Facebook, Instagram, WhatsApp?
Consegue adivinhar qual é a percentagem da população global que já aderiu às redes sociais? Nós sabemos!
De acordo com o mais recente relatório da Global Digital, referente a 2019, não conseguimos resistir a esta categoria de plataformas online. Veja-se, portanto, que o crescimento digital global não dá sinais de abrandar e nenhum outro formato usufruiu de tamanha adesão como as redes sociais. Os pormenores, em seguida.
O panorama global das redes sociais em 2019
Em janeiro de 2019, mais de 45% da população global já utilizava alguma rede social. Entre o Facebook, YouTube, WhatsApp, Instagram, bem como várias outras alternativas. Assim sendo, são já mais de 3,5 mil milhões de pessoas, unidas diariamente pelas plataformas online. No entanto, há falhas na sua distribuição.
Ao passo que nas regiões mais desenvolvidas, a utilização de redes sociais chega aos 70%, em vários pontos de África, estamos ainda abaixo dos 10%. Ao propósito, apontamos a Coreia do Norte como o país “menos ligado à internet”, com 0,1% dos seus habitantes a estarem presentes no mundo das redes sociais.
https://twitter.com/hootsuite/status/1138812041362313216
Assim, ainda que as disparidades persistam, como um todo o acesso à internet tem aumentado. Aliás, é através do crescimento de utilizadores em várias destas redes que vemos a sua real penetração. Aqui, apontamos também o aumento gradual do tempo que passamos nestas plataformas.
Passamos cada vez mais tempo nas redes sociais
De acordo com o mesmo relatório, vimos também um amadurecimento dos utilizadores. Ao propósito, temos no Facebook a maior representação da faixa etária acima dos 55 anos. Algo que se confirma também nas suas demais empresas como, por exemplo, o WhatsApp e Instagram.
Podemos ver, em seguida, o gráfico representante da realidade global. Aí, temos um incremento de 0,7% no tempo passado diariamente nas redes entre 2018 e 2019. Com efeito, a mais recente métrica alcança as duas horas e 16 minutos que todos os dias lhes dedicamos. Em 2014, era 1 hora e 37 minutos.
Podemos ainda apontar outra realidade. Há, nas redes sociais, uma séria disparidade entre sexos. Atualmente, em quase todas as faixas etárias, o principal público é o masculino. Em seguida podemos ver a distribuição global, para todas as redes, em que se apura a separação e representação dos sexos.
Os fatores para tal, são atribuídos à dominância masculina e primazia no acesso à internet nas regiões em que esta escasseia. Assim, vemos que o sexo feminino é o preterido quando a região, como um todo, é pobre ou oferece poucas oportunidades de ligação à internet.
Entretanto, o relatório aponta ainda que o utilizador típico conta com pelo menos 9 contas em redes sociais distintas. Em primeiro lugar, no Facebook, WhatsApp, Instagram, bem como em várias outras, cada uma para um propósito diferente. No entanto, o tempo dedicado a cada uma varia imenso, bem como o engadgment.
O que fazemos no Facebook, Instagram, WhatsApp, etc?
Neste ponto os marcadores indicam a prevalência do WhatsApp, sobretudo para troca de mensagens. Em seguida, contribuímos com alguma publicação para essas mesmas redes, já com menos intensidade. Podemos ainda ver outros comportamentos como a utilização das mesmas para fins de trabalho.
Ao propósito, apesar de só cerca de 24% dos utilizadores recorrerem a estas plataformas para fins laborais, já são cerca de 800 milhões de pessoas que o fazem atualmente. Contudo, a prevalência continua a recair nos fins sociais, para partilha de conteúdos, bem como a troca de mensagens (WhatsApp, Messenger, etc).
Em 2019 a rede social mais utilizada continua a ser o Facebook. Ainda que o ano de 2018 lhe tenha sido amplamente desfavorável, certo é que a plataforma continua a crescer. Note-se, de acordo com o relatório, que o mesmo tem mais de 2,2 mil milhões de contas ativas. Lobo em seguida temos o YouTube e o WhatsApp.
O Facebook continua a dominar as redes sociais
Ainda que o crescimento no número de utilizadores mensais ativos tenha abrandado, de 16% para 9,6%, entre 2017 e 2018 face a 2018 e 2019, esta continua a ser a rede favorita. Mesmo assim, há sinais notórios que denotam uma diminuição no interesse pela plataforma. Contudo, em 2019 é a figura dominante.
Já se olharmos para as demais redes sociais, temos várias métricas cativantes. Em primeiro lugar, o Facebook ganhou 37 milhões de utilizadores na diferença trimestral. Por sua vez, o WeChat ganhou 25 milhões, o Instagram 38 milhões, o Line mais um milhão e, por fim, a Weibo, mais 15 milhões.
Aqui em contraste com o Twitter que perdeu 9 milhões de utilizadores, ou mesmo o Snapchat que sangrou 41 milhões de utilizadores. Em síntese, quem mais cresceu foi o Instagram, pertencente ao grupo Facebook. Os números concretos e percentagens de crescimento, ou quebra, podem ser vistos em seguida:
Assim sendo, por muito que o Facebook possa perder o ímpeto, há várias outras plataformas do grupo empresarial de Mark Zuckerberg a crescer. A mais notória sendo o supracitado Instagram enquanto rede social pura. No entanto, também o WhatsApp usufruiu de uma posição dominante nas plataformas de mensagens.
O WhatsApp domina o segmento das mensagens
Seguido, de imediato, pelo Facebook Messenger, e em terceiro pelo Viber, o WhatsApp é a figura dominante. É, para todos os efeitos, o padrão a seguir pelas demais concorrentes, sendo extremamente popular em várias regiões. No entanto, em Portugal, Estados Unidos da América, ou na Australia, domina o Messenger.
Vemos, portanto, um mapa global pintado de verde e azul, as cores do WhatsApp e do Facebook Messenger. Já, as principais alternativas consistem no WeChat que domina a Índia e alguns pontos em azul-turquesa que representam o Telegram, com mais algumas exceções no sudoeste asiático.
Em Portugal passamos mais de 2 horas nas redes sociais
Todos os dias, nas diversas redes sociais, ainda que estejamos um pouco abaixo da média global. Com efeito, os dados apontam uma média global de 2 horas e 16 minutos, ao passo que em Portugal passamos duas horas e 9 minutos a utilizar alguma das plataformas online desta categoria.
Curiosamente, no Japão o tempo diário dedicado às redes é de apenas 36 minutos. Já, no extremo oposto do gráfico, temos as Filipinas, com 4 horas e 12 minutos dedicados diariamente à vida social, nas redes online. Por fim, como um todo, o tempo diário atribuído a esta tarefa aumentou 6% (15 minutos) face a 2018.
Globalmente, o tempo dedicado às redes tem aumentado consistentemente desde 2014. Desde então, tivemos um aumento de 40% no tempo gasto nestas plataformas, tanto em Portugal como em todo o globo.