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Mark Zuckerberg sugere 4 medidas para regulamentar a Internet

O responsável máximo pela rede social Facebook, Mark Zuckerberg deu a conhecer um importante ponto de vista, com o objetivo de regulamentar a Internet. Mais concretamente são 4 medidas que, segundo ele, poderiam ser aplicados à sua empresa, mas também a todos os outros envolvidos.

Zuckerberg pede regras ou normas jurídicas mais fortes para regular tudo o que se passa na grande internet.


Com o propósito de dar a conhecer a sua visão, Mark Zuckerberg assinou um artigo de opinião no Washington Post que, entretanto, partilhou na sua conta de Facebook. O CEO, refletindo sobre o atual estado da internet, pediu novas regras e definiu também quatro setores de intervenção. São os seus 4 novos pontos para o futuro.

 

A Internet e o Facebook precisam de novas regras

Mark Zuckerberg destaca a responsabilidade de governos e órgãos reguladores no bom funcionamento da internet e, por conseguinte, da sua rede social. A estes agentes, o CEO pediu um papel mais ativo no processo de regulação e normativização (criação de normas) legais com vista à ao reforço do controlo sobre a “Web”.

De acordo com a sua publicação no WP, o fundador da rede social afirma o seguinte:

Todos os dias tomamos decisões em torno do discurso do ódio, aquilo que consiste campanha ou publicidade política, além de como nos precaver e prevenir face a ataques cibernéticos cada vez mais sofisticados. As nossas ações são importantes para manter a comunidade a salvo. Mas, começar do zero não é fácil. Aliás, não é aconselhável a que as empresas tenham que fazer estes juízos de valor por si.

 

Os 4 pontos de Mark Zuckerberg

De Wilson no virar do século XX, até Zuckerberg, no fechar da década, o CEO da rede social discorre sobre 4 novos pontos, urgentes para a sociedade civil. O primeiro – conteúdo prejudicial; o segundo – integridade eleitoral; o terceiro – privacidade; o quarto – gestão e portabilidade dos dados (informações).

Eu acredito que precisamos de um governo e reguladores mais ativos. Ao autorizar as regras da internet, nós (Facebook) podemos preservar o que nela há de melhor – a liberdade para as pessoas se expressarem e para os empreendedores construírem novas coisas – enquanto protegemos a sociedade de perigos maiores.

O fundador da rede social colocou uma forte tónica na necessidade de proteção da integridade eleitoral. De mesma forma, pediu aos reguladores que trabalhassem e criassem regras mais fortes para a internet. Porém, o seu intuito, declarado, a proteção da liberdade de expressão, bem como os interesses empresariais estão salvaguardados no seu discurso.

 

A importância da rede social no futuro da Europa

Ainda de acordo com o seu testemunho, Mark Zuckerberg pede uma forte regulamentação das campanhas políticas no Facebook. Sobretudo agora, nas vésperas de eleições Europeias, ainda que para o efeito já tenham aplicado novas regras para os anunciantes.

O voto, para muitos europeus, dependerá daquilo que vejam no Facebook. Assim sendo, Zuckerberg quer precaver qualquer uso indevido da sua plataforma, referindo-se aqui às publicações patrocinadas, bem como à plataforma de publicidade da rede social. Uma vertente que também procura, naturalmente, salvaguardar.

De facto, já a partir desta semana os anunciantes na União Europeia terão que providenciar mais documentação legal. Revelando, desde logo a sua localização e identidade, entre outras informações. Note-se que tudo isto visa precaver uma possível interferência externa.

 

A imperfeição (humana) do Facebook

Mark Zuckerberg reconhece as dificuldades em escrutinar as verdadeiras intenções de, por exemplo, uma publicidade política. Por isso mesmo, pode uma maior regulação daquilo que pode ser promovido na internet durante a campanha eleitoral. Aliás, chega mesmo a sugerir a aplicação de normas temporárias.

Algumas leias aplicam-se apenas durante as eleições, apesar das informações de campanha serem ininterruptas. E aí existem importantes questões sobre como as campanhas políticas utilizam as informações e publicidades com público alvo definido.

O fundador da rede social versou ainda sobre o atual regulamento geral de proteção de dados, aplicável na Europa. Sobre o mesmo, afirmou que deveria ser uma estrutura globalmente harmonizada. Isto de forma a poder ser aplicado e respeitado de igual forma, não só no nosso continente, bem como nos demais países.

mea culpa de Zuckerberg é também um reconhecimento de que uma só empresa ou entidade privada não consegue controlar todas as vicissitudes da sociedade. Seja a utilização da rede social para publicar vídeos de massacres como o da Nova Zelândia ou a utilização abusiva da sua plataforma de promoção / publicidade.

O próximo grande desafio da rede passa agora pelas Europeias, uma nova prova de fogo. Enquanto isso, a empresa tenta recuperar a sua reputação perante os sucessivos escândalos de (falta de) privacidade.

Zuckerberg estende a mão aos governos para regular a “sua” internet. Deverão estes anuir ao seu apelo?
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