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Facebook explica finalmente como funciona o algoritmo da rede social

A rede social de Mark Zuckerberg  quer tornar-se mais clara e transparente. Para  tal, implementará uma nova funcionalidade que permitirá aos utilizadores escolherem aquilo que querem ver com mais, ou menos, frequência. Por conseguinte, o algoritmo do Facebook estará, um pouco mais, sob o seu controlo.

Acima de tudo, é este algoritmo que define aquilo que o utilizador vê na página inicial ou feed de notícias.


Com efeito, o Facebook passará a explicar ao utilizador o porquê de lhe ser apresentado um determinado conteúdo ou publicação. A medida surge com o propósito de aproximar a rede social de quem a utiliza e isto passa, em grande parte, pela consciencialização do seu funcionamento e é aqui que entra o algoritmo.

Porque é que vejo esta publicação?

Já a partir desta semana, teremos assim uma nova funcionalidade. Uma explicação sucinta do porquê de nos ser apresentada determinada publicação. Para tal, bastará clicar nos três pontos presentes no canto superior direito em todos os conteúdos apresentados na rede social Facebook.

A partir daí passaremos a saber porque é que o algoritmo nos trouxe esse conteúdo. Para tal, teremos várias explicações como, por exemplo, se é uma publicação de um amigo do utilizador da conta, se é uma página que está a seguir, se integra um grupo, bem como outras fontes de conteúdo dentro do Facebook.

Ainda de acordo com a própria rede social, ficaremos a saber exatamente o porquê de certas publicações nos serem apresentadas. Algo que é definido pelo algoritmo da rede social que, como poderá saber, atribui uma diferente importância aos vários conteúdos e respetivas fontes.

O poder do algoritmo no seu “Feed

Para exemplificar o seu funcionamento, imagine a página principal do Facebook como a primeira página de um jornal ou revista. Aí vemos as publicações mais importantes, mas quem define essa importância é um algoritmo, um conjunto de zeros e uns que pesa diferentes fatores e avalia inúmeras variáveis.

O algoritmo reflete as prioridades do Facebook enquanto empresa, ou por outras palavras, aquilo que a rede social acha que nós (utilizadores) devemos ver. Portanto, torna-se deveras gratificante saber porque é que aquele “motor” automático nos sugere e apresenta determinada publicação em detrimento de outra.

 

A partir daí, o utilizador vai perceber como é que o tipo de informação influencia a ordem com que as publicações são apresentadas. Por exemplo, uma página cujos conteúdos costumamos partilhar, comentar ou deixar um “like”, ser-nos-á apresentada com maior frequência. Em síntese, é um ciclo de interação.

O poder do “like“, comentário, partilha ou mensagem no Facebook

Tudo o que fazemos nesta rede social, em última análise, muda a forma como esta se apresenta ao próprio utilizador. Por analogia, somos nós que criamos o nosso feed de notícias à medida que vamos utilizando os seus serviços. É assim que este código tem funcionado e algo que agora se torna perfeitamente claro.

É um imenso charco em que cada “like”, comentário ou partilha vai perturbar a calmaria da sua superfície e moldar a forma como nos é apresentada a realidade facebokiana, um reflexo de nós mesmos, tal como somos catalogados pelos frios olhos do algoritmo.

As declarações de Ramya Sethuraman, a diretora de produto e responsável pelo ranking são claras. A partir de agora, saberemos exatamente o porquê de estarmos a ver determinado conteúdo. Ao mesmo tempo, podemos ficar a saber porque é que temos com tanta frequência conteúdos de uma mesma fonte.

ranking de conteúdos na rede social

O Facebook esclarece ainda que existem três sinais ou pilares que determinam a forma como nos é apresentado a informação. Em primeiro lugar, com quem interagimos (vertente social); o formato da publicação aparece como segunda prioridade e, por fim, a popularidade de determinado conteúdo.

Este algoritmo visa harmonizar o tipo de publicações apresentadas a um determinado utilizador. Para que nada pareça desajustado ou fora do contexto, sempre com base nas nossas preferências. Agora, tudo isto poderá ser definido pela própria pessoa, o titular da conta.

Estas atualizações integram o esforço do Facebook em dar mais contexto e controlo aos utilizadores da rede social – esclarece Ramya Sethuraman.

A nova função é extremamente similar à implementação que já temos nas publicações de publicidade – o “porque vejo este anúncio?”.  Aliás, também esta componente está a ser revista pela gigante de Zuckerberg e, futuramente, teremos ainda mais informações, refletindo a nova política de transparência.

Será possível saber e perceber se um utilizador está a ver uma publicidade devido ao facto de a empresa ter o nosso email, número de telefone, ou qualquer outra informação. São mudanças que, por certo, refletem a crescente contestação enfrentada pela rede social.

Ao mesmo tempo, certo é que o Facebook tem encetado vários esforços para mitigar as preocupações legítimas dos seus utilizadores, sobretudo o que à sua informação pessoal diz respeito. Veja-se se ainda a recente postura do seu fundador e CEO, Mark Zuckerberg, num novo editorial.

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