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Facebook: Congresso dos EUA pede que a rede social suspenda a Libra

Interpelando diretamente Mark Zuckerberg, Cherryl Sandberg e David Marcus, vários congressistas dos EUA pedem a cessação imediata dos planos de implementação da Libra. A nova criptomoeda da popular rede social Facebook enfrenta uma moratória que visa suspender imediatamente a sua implementação.

O requerente grupo de legisladores quer avaliar a segurança da criptomoeda, bem como outros fatores.


Um comité de legisladores norte-americanos, em carta à rede social, pediram ao Facebook que “cessasse imediatamente os planos de implementação”, da sua criptomoeda, a Libra. Com efeito, a nova moeda digital deverá estrear-se durante o primeiro semestre de 2020, de acordo com o relato prévio.

Libra, a criptomoeda da rede social Facebook

Antes que os planos de implementação avancem, o órgão em questão quer avaliar vários parâmetros do projeto. Em primeiro lugar, avaliar os riscos em torno da cibersegurança, além do impacto nos mercados financeiros globais, bem como as implicações e potenciais ameaças para a segurança nacional dos EUA.

A saber, o pedido foi formulado pela democrata Maxine Waters. Pelo seu punho, o Comité de Serviços Financeiros do Congresso quer avaliar a nova pretensão de Zuckerberg. Até lá, é pedido um adiamento, com efeito imediato, antes que qualquer ação seja tomada por parte da rede social Facebook.

Escrevemos a pedir que o Facebook e seus parceiros concordem imediatamente com uma moratória em qualquer implementação da Libra, sendo esta a sua proposta de criptomoeda, a par da Calibra, a sua proposta carteira digital – assim se lê na carta enviada à rede social.

É aparente que estes produtos podem dar aso a todo um novo sistema financeiro global, baseado fora da Suíça, pretendendo concorrer diretamente com a nossa unidade monetária, o dólar. Isto levanta sérias preocupações de privacidade, câmbios, segurança nacional e políticas monetárias. Algo que afeta não só os mais de 2 mil milhões de utilizadores do Facebook, mas também toda a economia global e respetivos investidores, ou consumidores – versa ainda o mesmo documento.

A Libra foi apresentada em junho pelo Facebook

Ainda que a sua implementação só deva ocorrer em 2020, a apresentação ocorreu no mês passado. Ao propósito, Mark Zuckerberg apresentou a criptomoeda como solução simples, para todos os interessados. Isto é, um novo produto e forma simples de enviar e receber dinheiro, tão simples como enviar uma foto.

Ao propósito, cumpre ainda referir que o plano era ceder gradualmente o controlo da Libra para um consórcio de mais de 100 empresas. Entidades mundialmente conhecidas como, por exemplo, a MasterCard, Visa, Uber, Spotify, PayPal, FarFetch, eBay, Vodafone, Coinbase, bem como várias outras que já aderiram.

 

 

No entanto, o lançamento da criptomoeda não foi desprovido de criticismo e desconfiança. Sobretudo quando o caso Cambridge Analytica ainda está fresco na memória coletiva. Assim, em pouco tempo levantaram-se várias vozes, públicas e privadas. Entre si, partilham várias preocupações quanto aos planos da rede social.

Ao propósito, tomamos como exemplo os termos e condições da Calibra, a carteira digital. Aí, de acordo com alguns críticos, nas entrelinhas estava a partilha de informações de conta em certas situações. Algo que poderia tornar a rede social num armazém infindável, agora de detalhes e financeiros.

As preocupações em torno da nova criptomoeda

Se produtos e serviços como este forem deixados sem regulação, existem potenciais riscos sistémicos. Temos que precaver isso mesmo e estudar o produto, precavendo o seu esperado impacto no tecido económico. De outro modo podemos perigar o sistema financeiro dos EUA e a estabilidade global – aponta a democrata.

O Facebook já chegou a mais de um quarto da população mundial. Assim, é imperativo que a rede social e os seus parceiros cessem imediatamente os planos de implementação. Isto até que os reguladores e o Congresso tenham oportunidade de examinar os riscos e agir perante os mesmos.

Até ao momento a rede social não se pronunciou publicamente sobre este pedido.

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