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Facebook elimina 17 páginas de Direita antes das eleições em Espanha

De acordo com o Facebook, a medida tem como base o comportamento de várias contas, mas não no conteúdo que estas partilhavam. Foram vários os grupos de extrema-direita cujas contas e páginas foram eliminadas da rede social, agora que já faltam poucas horas para as próximas eleições em Espanha, a 28 de abril.

Ao mesmo tempo, a medida acaba por ser aplicada escassos dias após as denúncias de partilha de conteúdos falsos (fakenews) tal como indica a pesquisa e conclusões apresentada por uma ONG.


Em comunicado, o Facebook deu a saber que a remoção das contas se baseou no comportamento, não no conteúdo. Entre si, estas páginas partilhavam conteúdos na rede social, chegando a cerca de 1,7 milhões de utilizadores, maioritariamente espanhóis. Entretanto, o The Guardian colheu as declarações da rede social.

Várias páginas na rede social Facebook

Ainda que esta afim que a remoção das páginas se prende com “os seus comportamentos e não com o conteúdo nelas partilhado”. Contudo, certo é que a decisão surge pouco depois de uma organização não governamental denunciar a partilha de fake news ou notícias falsas. O relatório foi agora partilhado pela agência Avaaz.

Ao longo das linhas podemos ver a denúncia de conteúdos anti-LGBT, bem como anti-imigração, bem como conteúdos depreciativos do Islão, ou dos movimentos feministas. Ao mesmo tempo, denunciaram a partilha de conteúdos falsos ou adulterados. Assim sendo, pouco depois a rede social de Mark Zuckerberg terá agido.

 

Entre as páginas citadas no relatório da ONG temos a Unidade Nacional Española (UNE), Todos Contra Podemos, bem como a Lucha por España. Além disso, esta entidade acusa as várias páginas de direita e extrema-direita de violarem propositadamente os termos e condições da rede social.

Nas vésperas das eleições em Espanha

Mais ainda, a ONG chega a identificar vários perfis que, além de gerirem várias das páginas frisadas, vão partilhando conteúdos xenófobos. De igual modo, a entidade alerta para a considerável escala destas páginas, com mais de 35 mil “likes” e mais de 7 milhões de interações, somando todos os perfis e páginas em questão.

Ainda de acordo com as conclusões da Avaaz, temos vários exemplos de publicações partilhadas por estas páginas. A propósito, vemos o mesmo viés xenófobo e promotor da discórdia. Entre si, a tónica era colocada nas infrações praticadas em Espanha por estrangeiros. Além dos líderes pró-independência da Catalunha.

Ao mesmo tempo, vemos também várias sátiras e críticas ao partido de extrema-esquerda, o Podemos. Por exemplo, a ONG refere uma montagem com Adolf Hitler e Pablo Iglesias, num só corpo. A rede social vinca que o motivo da sua remoção terá sido a forma como estas publicações eram feitas. Não o seu conteúdo.

Tal como em outros casos, removemos estas páginas e contas com base no seu comportamento, não no conteúdo partilhado. Além disso, algumas páginas adicionais também foram desativadas. Foi uma decisão tomada ao se constatar que eram geridas por perfis (contas) falsas no Facebook.

As eleições em Espanha decorrerem no próximo domingo (28). Entretanto, as sondagens apontam a vitória, sem maioria absoluta, para o PSOE liderado por Pedro Sánchez. Já o líder da extrema-direita, Javier Capdevila Grau classifica esta medida como censura.

O caso foi também exposto pelo El País, detalhando as 17 páginas removidas pela rede social.

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