As questões relacionadas com aceso indevido por parte de entidades externas a dados de utilizadores do Facebook não são novas e, no passado, culminaram com o caso Cambridge Analytica.
No entanto, tal aparenta não ter ficado por aqui… A rede social de Mark Zuckerberg, muito recentemente, confirmou que mais de cem entidades estavam a ter acesso indevido a dados dos seus utilizadores. A empresa irá agora tentar garantir que estes registos são apagados.
Apesar de todos os escândalos que envolvem o Facebook e a proteção dos dados dos utilizadores, a rede social de Mark Zuckerberg tem feito alguns esforços nesse sentido. Os exemplos são vários e estão especialmente focados em limitar ao máximo a disponibilização de informações dos utilizadores a clientes, parceiros e demais entidades externas.
Nesse sentido, o Facebook implementou mudanças em vários aspetos da sua plataforma. Uma dessas mudanças foi nos grupos, mais especificamente no ‘Groups API’, que acaba por ser um ponto de integração de apps externas no Facebook e respetiva comunidade.
Até 2018, as apps que estivessem associadas a um grupo tinham acesso a diversas informações. No entanto, a rede social implementou mudanças neste funcionamento e atualmente apenas sabem o nome do grupo, o número de membros e o conteúdo das publicações… Ou pelo menos era suposto ser assim!
O Facebook, num comunicado, deu a conhecer de forma bastante subentendida uma realidade diferente e que era anormal. Segundo a rede social, foram registadas diversas apps que continuavam a ter acesso alargado através do Groups API. Estas apps pertencem a cem parceiros do Facebook que assim conseguiram acesso indevido aos dados dos utilizadores.
Estes dados, segundo a rede social, eram relativos aos grupos. Ou seja, incluíam os nomes dos membros e respetivas fotos de perfil.
O Facebook adiantou ainda que irá agora exercer pressão junto destas empresas para que os dados sejam apagados. Para além disso, irá realizar auditorias para confirmar que tal será feito e que a segurança dos dados dos utilizadores está assegurada.
No entanto, este episódio não transmite boa imagem para a rede social de Mark Zuckerberg… Os escândalos com o uso indevido de dados dos consumidores são bem conhecidos e, como foi agora demonstrado, ainda não terminaram.
O Facebook, especialmente desde 2018, tem feito vários esforços para mudar esta realidade. Passou a ter um meio de negócio mais transparente e uma maior preocupação com a segurança dos seus utilizadores. Contudo, é importante que casos como este não se repitam no futuro…
Ainda confia no Facebook? Ou acha que é um caso perdido no que à proteção dos utilizadores diz respeito? Deixe a sua opinião nos comentários!