Com todos os dados que recolhe no Facebook e no Instagram, a Meta consegue apresentar publicidade dirigida. Esta nem sempre é do agrado dos utilizadores, visto que recorre a toda a informação de utilização. Esse parece ser um cenário do passado, com as regras que a Meta vai ser obrigada a aplicar.
Na Europa tudo vai mudar no Facebook e Instagram
Algo que poucos gostam é de ver publicidade nos serviços que usam. Apesar de necessária, por vezes toma contornos demasiado privados, ao ser apresentada em função de toda a informação de utilização dos utilizadores. Esta é uma questão antiga no Facebook e no Instagram, que agora parece ficar um pouco mais simplificada.
O novo plano da Meta permitirá que os utilizadores na Europa selecionem uma versão de serviços de publicidade. Estes vão passar a fornecer anúncios direcionados com base apenas em coisas mais amplas, como idade e localização, em contraste com os atuais que recorrem a tudo o que é feito dentro do Facebook e do Instagram.
De acordo com o plano, a Meta, a partir de quarta-feira, permitirá que os utilizadores na Europa escolham uma versão dos seus serviços que os segmente apenas com anúncios baseados em categorias amplas, como faixa etária e localização geral – sem usar, como agora, dados como os vídeos que assistem ou o conteúdo em que clicam nas apps da Meta
É o fim da publicidade dirigida aos utilizadores
No entanto, a alteração não será aplicada automaticamente às contas e, em vez disso, será necessário preencher um formulário que impede a Meta monitorizar a atividade para publicidade dirigida. Assim que o formulário for enviado, a Meta deverá avaliar o pedido do utilizador antes de fazer a alteração.
A decisão da Meta será aplicada já a partir da próxima semana, com uma alteração que vai trazer a alguns dos seus serviços na Europa. Depois dos reguladores da Europa multarem o Facebook e o Instagram em 390 milhões de euros por usar a adesão aos serviços para obrigar os utilizadores a receber publicidade dirigida ou comportamental.
Meta não deve facilitar o realizar deste processo
Como já se viu noutras situações do passado, não se espera que este seja um processo simples de realizar. Terá sido criado para ser o mais difícil possível, para que a maioria não se incomode e apenas aceite registar os seus dados. Não sendo um processo automático, fica ao cargo do avaliador aprovar a mudança.
A Meta está supostamente a trabalhar para apelar da decisão da Europa e das multas que a acompanham. Na verdade, ao criar uma conta no Facebook ou Instagram, já existe um pedido para recolha de dados e publicidade dirigida. O problema é que quem recusar não tem simplesmente acesso às redes sociais.