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Antiga funcionária do Facebook quer treinar advogados para combater tecnológicas

Recorda-se de Frances Haugen, a antiga funcionária do Facebook que alegou que a empresa optava pelo lucro em detrimento da segurança dos seus utilizadores? Ora, a antiga gestora de produtos está à procura de iniciar uma organização que visa a responsabilização de empresas como a Meta pela sua atividade e impacto.

A organização sem fins lucrativos deverá chamar-se Beyond the Screen.


No ano passado, a antiga funcionária do Facebook, Frances Haugen, divulgou uma panóplia de documentos e dados internos da empresa, alegando que esta sabia que os seus serviços estavam a fomentar o ódio e a prejudicar a saúde mental dos mais novos. Além de ter acusado a empresa de Mark Zuckerberg de escolher o “lucro em detrimento da segurança”, ainda testemunhou sobre o seu comportamento.

Agora, está à procura de iniciar uma organização sem fins lucrativos focada na responsabilização de empresas como a Meta, empresa-mãe do Facebook, pela sua atividade.

De acordo com o The Verge, a organização de (possível) nome Beyond the Screen planeia concentrar-se em três objetivos:

  1. Educar advogados que possam trabalhar contra empresas responsáveis por redes sociais;
  2. Incentivar investidores a analisar o impacto que uma empresa de tecnologia tem na sociedade antes de fornecerem dinheiro, através de uma métrica que pode ser usada para comparar o esforço que as empresas exercem para manter os seus utilizadores seguros;
  3. Dar aos reguladores e investigadores uma perspetiva interna sobre o funcionamento das plataformas.

Além disso, Frances Haugen pretende criar uma rede social falsa, que servirá para compreender como as verdadeiras funcionam e trabalham. Através dessa simulação, os interessados poderão ter acesso a dados de funcionamento reais, sem imprecisões intencionais.

A antiga gestora de produtos do Facebook, em conjunto com duas outras pessoas, pretende angariar cerca de cinco milhões de dólares, de modo a garantir que a organização avança. Segundo o Politico, Frances Haugen já recebeu algum dinheiro de investidores anónimos.

 

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