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Secretário-geral da ONU lamenta que petrolíferas impactem a economia mundial

Os combustíveis fósseis têm sido o assunto predominante e o aumento dos preços tem definitivamente impactado a economia global. Incomodado com isto, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) António Guterres acusa as petrolíferas de terem a “humanidade presa pela garganta”.

O executivo sugere ainda algumas ações para travar aquilo que vê como um grave problema.


A guerra na Ucrânia desencadeou uma panóplia de acontecimentos, tendo impactado direta e indiretamente vários setores. Claro está que esse impacto tem sido sentido pelas carteiras dos cidadãos de muitos países, incluindo de Portugal.

Um dos setores que mais tem sido afetado pela invasão da Ucrânia pela Rússia é o dos combustíveis fósseis, estando os fornecimentos congestionados e altamente inflacionados. Mais uma vez, as petrolíferas estão a ter um impacto decisivo na economia global, dada a enorme dependência relativamente aos seus produtos.

Pela gravidade que lhe está associada, este foi um dos tópicos explorado num discurso que o secretário-geral da ONU António Guterres fez recentemente.

 

Secretário-geral da ONU tem ideias para diminuir a dependência face às petrolíferas

Num breve discurso, o executivo apontou vários aspetos que contribuem para a crise que se vive atualmente: dependência energética, a responsabilidade das petrolíferas e do mundo financeiro, a crise climática e a instabilidade.

Na opinião de António Guterres, ao invés de representar um ponto de viragem na dependência energética, a guerra na Ucrânia está a provocar o oposto, esganando a humanidade.

Parece que estamos presos num mundo onde os produtores de combustíveis fósseis e o mundo financeiro têm a humanidade pela garganta. Durante décadas, muitos na indústria petrolífera investiram fortemente na pseudociência e nas relações públicas, com uma falsa narrativa para minimizar a sua responsabilidade pelas alterações climáticas e minar políticas climáticas ambiciosas.

Exploraram precisamente as mesmas táticas ultrajantes que a Big Tobacco explorou décadas antes. Tal como os interesses do tabaco, os interesses dos combustíveis fósseis e os seus cúmplices financeiros não devem escapar à responsabilidade. O argumento para pôr de lado a ação climática para lidar com problemas domésticos também soa oco.

Se tivéssemos investido mais cedo e maciçamente em energias renováveis, não nos encontraríamos novamente à mercê de mercados instáveis de combustíveis fósseis. Por isso, vamos garantir que a guerra na Ucrânia não seja utilizada para aumentar essa dependência.

Referiu António Guterres, deixando claro que, na sua perspetiva, as petrolíferas estão a fazer o mesmo que a indústria do tabaco fez, no passado.

Depois de revelado este ponto de vista, o secretário-geral da ONU propôs algumas ações para contribuir para o objetivo de reduzir as emissões de CO2 que estão a acelerar a crise climática:

A opinião de António Guterres é clara e, tendo em conta discursos anteriores de outros líderes europeus, deve ser tida em conta para a mudança efetivamente acontecer.

 

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