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Poderá ser demasiado tarde para salvar o maior lago do mundo

Apesar de não ser um assunto em destaque, por tudo aquilo que foi este ano que está a terminar, é uma realidade e pode ser assustadora. As alterações climáticas continuam bem presentes e o que resultará delas não pode deixar de ser uma preocupação.

Aliás, investigadores revelam que poderá ser demasiado tarde para salvar o maior lago do mundo, vítima das alterações climáticas.


Maior lago do mundo em risco devido às alterações climáticas

Apesar de parecer contraditório, uma vez que o nível médio das águas do mar está a subir, o maior lago do mundo poderá estar em risco. Aliás, investigadores dizem até que poder ser demasiado tarde para atuar em relação a este problema.

Conforme temos vindo a ser avisados, a água doce, que estava outrora armazenada nos glaciares, está a ser enviada para os mares. Isto, porque aqueles estão a derreter a uma velocidade descontrolada. Além disso, o calor e a posterior seca estão a encurtar, e até mesmo a suprimir, alguns dos lagos do mundo.

Caso disto é o Mar Cáspio que, sendo o maior corpo de água fechado do mundo, está a desaparecer a uma velocidade particularmente preocupante. De acordo com um novo estudo publicado em Communications Earth & Environment, poderá tratar-se de um processo irreversível.

Pelo que é advertido pelos investigadores, o nível da massa de água irá diminuir entre 9 e 18 metros até ao final do século. Isto, claro, se as alterações climáticas continuarem a ser um problema e as emissões permanecerem altas. De acordo com os investigadores, o resultado poderá ser a evaporação de quase todo o norte do Mar Cáspio, bem como a mitigação de toda a margem oriental.

A saber, apesar de se tratar de um corpo de água fechado e teoricamente ser um lago, o Mar Cáspio foi apelidado desta forma por duas razões. Em primeiro lugar, devido à sua dimensão, de cerca de 371 mil quilómetros quadrados, e, em segundo, pelos seus níveis de salinidade, de cerca de 1,2%.

Demasiado tarde para o Mar Cáspio, mas poderá não ser para outros

Conforme expõem os investigadores, esta questão dos lagos no contexto das alterações climáticas nunca foi aprofundada e os próprios cientistas não estão suficientemente consciencializados das consequências. Isto, além do International Panel on Climate Change e as Nações Unidas também não terem abordado o assunto em nenhum dos objetivos de desenvolvimento sustentável. Para os investigadores, esta negligencia poderá representar graves consequências.

O Mar Cáspio alberga várias espécies de seres vivos, como focas, e, uma vez seco, o impacto no ecossistema é claro, mas inestimável.

Pelo que é explicado, mesmo as áreas do mar Cáspio que são protegidas serão contornadas e a água irá seguir para a parte central do lago. Por outro lado, as zonas mortas vão provavelmente emergir à medida que as temperaturas aumentem e os rios vão transportar menos oxigénio, afetando, tanto as águas mais rasas, como as mais fundas. Aliás, uma realidade que já se conhece em algumas partes do mundo.

Além disto, as consequências geopolíticas irão também ser notadas. Isto, porque as economias locais dependem da pesca e do comércio direta e indiretamente associado ao Mar Cáspio.

Infelizmente, esta realidade não se aplica apenas ao Mar Cáspio, uma vez que todos os lagos do mundo poderão estar em risco, isto, uma vez que se tratam de massas de água fechadas, sem escoamento e, por isso, mais vulneráveis à temperatura.

Para o Mar Cáspio, o corte das emissões já não é suficiente, na medida em que a massa de água já diminui cerca de 6/7 centímetros por ano.

Assim sendo, vamos percebendo que as alterações climáticas são efetivamente um problemas que tem de ser combatido por todos, porque todos fazemos a diferença.

 

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