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Japão quer libertar a água contaminada de Fukushima para o oceano

Vivia-se o ano de 2011, março, quando Fukushima registou um dos maiores desastres nucleares alguma vez conhecido. Agora, e embora a área ainda não esteja livre de radioatividade, o Japão quer filtrar e libertar água contaminada da antiga central nuclear.

O plano do país já foi aprovado pelos reguladores.


Em 2011, aquando o desastre nuclear de Fukushima, foi utilizada água para arrefecer os reatores. Desde então, essa tem estado armazenada em enormes tanques, tendo, em julho, ascendido a 1,3 milhões de toneladas.

Conforme adiantado pela Reuters, os reguladores nucleares do país aprovaram um plano para libertar essa água da central nuclear de Fukushima para o oceano. Numa declaração, o ministério dos negócios estrangeiros revelou que, na opinião dos reguladores, é seguro libertar essa água, apesar de ainda conter vestígios de trítio, um isótopo radioativo de hidrogénio.

O mesmo comunicado deu a conhecer que a operadora Tokyo Power Electric Company vai sofrer inspeções adicionais.

Yoshihide Suga, primeiro-ministro do Japão

De acordo com a Reuters, o plano do Japão passa por filtrar a água contaminada, separando os isótopos nocivos à saúde do títrio. As autoridades locais alegam que, embora se trate de um processo difícil, não deverá comprometer a qualidade da água.

Faremos o nosso máximo para manter a qualidade da água muito acima dos padrões de segurança.

Garantiu Yoshihide Suga, primeiro-ministro do Japão.

 

Plano do Japão está a receber duras críticas

Por ser um tanto duvidoso, o plano tem encontrado alguns opositores. De entre eles, a China e a Coreia do Sul, mas também pequenas associações de pesca da região de Fukushima. Para a China, especificamente, este plano é “extremamente irresponsável”.

Se o Japão insistir em colocar os seus próprios interesses acima do interesse público da comunidade internacional, e insistir em dar este passo perigoso, certamente pagará o preço pelo seu comportamento irresponsável e deixará uma mancha na história.

Avisou o porta-voz chinês do MFA, Wang Wenbin.

 

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