O mundo já se apercebeu que tem de fazer algo para combater o problema do aquecimento global. De acordo com um responsável alemão da maior expedição científica realizada ao Polo Norte, o ponto crítico de um aquecimento global irreversível pode já ter sido ultrapassado.
Recentemente, segundo a Organização Meteorológica Mundial, a superfície no Ártico atingiu os 48 ºC.
Ártico está a aquecer duas vezes mais rápido que o resto do mundo…
Não, não são “infelizmente” fake news! O Ártico está a aquecer bastante. As temperaturas da superfície perto de Verkhojansk atingiram o pico de 118 graus Fahrenheit (48 graus Celsius) em 20 de junho. De relembrar que o círculo do Ártico é conhecido pelas temperaturas abaixo de zero.
As temperaturas foram registadas pelos satélites Copernicus Sentinel 3A e 3B. O programa Copernicus é administrado pela Agência Espacial Europeia que monitoriza as condições terrestres, oceânicas e atmosféricas usando um radar e imagens multiespectrais. Cada missão Sentinel consiste em dois satélites de constelação para garantir a cobertura e robustez dos dados.
É importante referir que a temperatura registada perto de Verkhojansk foi a temperatura da superfície da terra. A temperatura do ar rondava os 86 graus Fahrenheit (30 graus Celsius). Para o Círculo Polar Ártico, 30 graus também é muito quente.
As temperaturas no Ártico têm aumentado nos últimos anos. Em julho de 2019, o Ártico atingiu algumas temperaturas bastante altas (e preocupantes).
Os níveis de dióxido de carbono na atmosfera estão em níveis recordes. Enquanto o mundo inteiro enfrenta o aumento das temperaturas, o Ártico está a aquecer duas vezes mais que a média global, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial.
Estas temperaturas prejudicam o Permafrost ou Pergelissolo – o solo congelado do Ártico, que retém os gases do efeito estufa e sobre o qual grande parte do leste da Rússia é construída.