As energias renováveis são, desde há muito tempo, uma alternativa mais barata, quando comparadas com os combustíveis fósseis – além de consideravelmente menos poluentes. Agora, um gráfico mostra, de forma muito clara, como estas fontes verdes estão a ficar cada vez mais baratas.
As fontes de energia renovável são a alternativa viável aos combustíveis fósseis, apontadas como ideais, desde há muitos anos. Afinal, são consideravelmente mais baratas e amigas do ambiente.
Por saberem disto, as pessoas optam por integrá-las nas suas casas e nas suas empresas, surgindo, consequentemente, alternativas cada vez mais inovadoras à sua integração. Longe vai o tempo em que a criatividade para a geração de energia solar, por exemplo, se fixava apenas nos telhados.
Em termos de preços, as energias renováveis dão uma “cabazada” aos combustíveis fósseis. Se dúvidas houver, há um gráfico a comprová-lo e a mostra a queda do preço, ao longo dos anos.
Os dados publicados pelo portal Canary Media mostram que as melhorias tecnológicas permitirão que as fontes de energia eólica fiquem 25% mais baratas. No caso das solares, a redução é bastante maior: 50%.
Os custos das energias renováveis diminuíram e prevê-se que continuem a diminuir, porque estas tecnologias estão a aumentar as curvas de aprendizagem. Ou seja, por cada duplicação cumulativa da tecnologia instalada, o seu custo diminui numa percentagem quantificável que varia consoante a tecnologia.
Nos últimos 40 anos, por exemplo, a taxa média de aprendizagem foi de 20% para a energia solar e de 13% para a energia eólica. Isto motivou a descida dos preços. Afinal, quanto mais painéis solares e turbinas eólicas fabricamos, mais conhecimento reunimos sobre como fabricá-los melhor, mais rapidamente e de forma mais barata.
Estas reduções contínuas dos custos das energias renováveis tornaram-nas tão atrativas que, atualmente, ultrapassam os combustíveis fósseis em termos de novos investimentos: prevê-se que 62% do investimento global em energia seja canalizado para as tecnologias renováveis, ainda este ano.
Conforme as estimativas da Agência Internacional da Energia, a capacidade global deverá aumentar, este ano, de 107 GW para mais de 440 GW - o maior aumento da sua história.
Especialistas recordam, ainda assim, os desafios que as energias renováveis enfrentam
Embora se trate de uma verdadeira revolução energética, na perspetiva dos especialistas, as energias renováveis enfrentam desafios por parte da indústria dos combustíveis, o que tornará muito difícil deixar para trás a era dos fósseis.
Apesar de se quererem manter firmes, a verdade é que, contrariamente às energias renováveis, os combustíveis fósseis não atingiram curvas de aprendizagem empíricas. Durante mais de um século, os preços dos combustíveis fósseis oscilaram descontroladamente, sem uma tendência descendente constante.
Agora, resta saber qual será o impacto económico, social e mesmo sanitário desta transformação, quer em termos do sistema de produção de eletricidade, quer mesmo em termos de transportes cada vez mais limpos.
Uma mudança de paradigma que deverá, entre outras coisas, reduzir a fuga de capitais para os países produtores de petróleo e aumentar a taxa de mão de obra qualificada nos muitos sectores relacionados com a produção de eletricidade e dos transportes limpos.