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Emissões da Amazon aumentaram 18% devido às compras online durante a COVID-19

Com a pandemia a avassalar o mundo e a retê-lo em casa, as pessoas adaptaram os seus hábitos de consumo e as compras começaram a ser feitas maioritariamente a partir de casa. No caso da Amazon, essa mudança resultou num aumento de 18% das suas emissões de dióxido de carbono.

A Amazon começou a revelar dados da sua pegada de carbono em 2019.


As emissões de dióxido de carbono da Amazon aumentaram 18%, no ano passado, como resultado da crescente procura pelas compras online motivada pela pandemia. A novidade, não tão satisfatória, foi dada no relatório anual de sustentabilidade da empresa.

No documento, que foi emitido esta semana, a Amazon revelou que as suas atividades resultaram ao equivalente a 71,54 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono, em 2021. Portanto, um aumento de 18% em relação a 2020, e um aumento de quase 40% quando comparado com números de 2019 – ano em que a empresa começou a revelar dados da sua pegada de carbono.

A justificação para o aumento das emissões de dióxido de carbono reside na afluência em massa ao regime de encomendas online, tanto na Amazon, como noutras empresas de comércio eletrónico. Isto, porque os utilizadores optaram por se resguardar e realizar as compras online.

Apesar de a pandemia ter durado, grosso modo, dois anos, de acordo com a CNBC, a Amazon decidiu expandir a sua rede logística, aumentado o número de carrinhas de entrega, aviões e camiões, e abrir novos armazéns, por forma a responder à procura. Aliás, de acordo com a empresa, em 2021, a dimensão da sua rede de atendimento viu-se duplicada.

De acordo com um porta-voz da Amazon, a empresa segue as orientações da Greenhouse Gas Protocol Corporate Accounting and Reporting Standard para determinar as suas emissões de âmbito 3, que são aquelas geradas pela cadeia de fornecimento de uma empresa.

 

Amazon alvo de escrutínio

Embora esteja a trabalhar no sentido da transparência das suas emissões, o historial climático da Amazon, segundo a CNBC, tem sido alvo de escrutínio.

Um relatório elaborado pela Reveal do Center for Investigative Reporting, no início deste ano, revelou que, ao contrário dos grandes retalhistas como a Target e o Walmart, a Amazon só contabiliza as emissões de carbono geradas pelos produtos da sua marca, não incluindo as que resultam dos artigos que compra aos fabricantes e vende diretamente ao cliente.

Sobre isto, o mesmo porta-voz explicou que os vendedores da Amazon “controlam a sua própria contagem de emissões de carbono”.

 

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