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Disney removeu episódio de “Os Simpsons” que faz referência a trabalhos forçados na China

Um episódio da série de animação “Os Simpsons” foi removido do serviço de streaming da Disney, em Hong Kong. Aparentemente, o episódio faz referência a “trabalhos forçados” na China.


Segundo a NBC News, o segundo episódio da temporada que está, atualmente, a decorrer (34), “One Angry Lisa”, da série de animação “Os Simpsons”, não está disponível no Disney+ de Hong Kong. Embora a ausência tenha sido detetada – inicialmente pelo Financial Times -, não é claro quando foi eliminado e a razão para tê-lo sido.

Numa cena do episódio, a personagem Marge Simpson está numa aula de bicicleta virtual, quando o instrutor mostra imagens da Grande Muralha da China e diz: “Eis as maravilhas da China: minas de bitcoin, campos de trabalhos forçados onde as crianças fazem smartphones”.

 

Não é a primeira vez que “Os Simpsons” se veem censurados

Este é o segundo episódio da série de animação “Os Simpsons” com uma referência delicada à China a ser cortada do serviço de streaming da Disney, em Hong Kong. Antes deste, houve um outro que se viu removido, porque mencionou a repressão da Praça Tiananmen de 1989.

Apesar de a lei de segurança nacional ter levantado crescentes preocupações relativas à censura, o governo chinês nega as acusações de que a liberdade dos cidadãos de Hong Kong se degradou, ao abrigo dessa lei, que Pequim impôs, em 2020, para restaurar a estabilidade após meses de protestos antigovernamentais.

Um porta-voz do governo de Hong Kong disse, na terça-feira, que o Decreto de Censura de Filmes, que foi alterado em 2021 para permitir aos funcionários proibir filmes considerados “incompatíveis” com os interesses de segurança nacional, não se aplicava aos serviços de streaming e que não comentava as decisões empresariais individuais.

Assim sendo, Kenny Ng, especialista em censura cinematográfica na Hong Kong Baptist University, sugere, num e-mail enviado à NBC News, que a Disney pode ter “removido proativamente quaisquer imagens ou narrativas potencialmente ofensivas dos seus produtos e serviços de streaming para assegurar o seu futuro negócio na China”.

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