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Netflix: série 13 Reasons Why provocou aumento de suicídios, diz estudo

Um novo estudo aponta o aumento dos suicídios entre jovens do sexo masculino com idades compreendidas entre os 10 a 17 anos nos Estados Unidos da América. O pico de ocorrências foi registado no mês que se seguiu à estreia da série 13 Reasons Why (13 razões), na popular plataforma de streaming, a Netflix.

Entretanto, a Netflix já deu a saber que está a investigar a publicação académica e as suas conclusões.


A série da Netflix estreou em 2017 e rapidamente se transformou num fenómeno global. Contudo, a sua temática está longe de ser leve, ou agradável, mas ainda assim acaba por cumprir um propósito, o de alertar para algumas das piores etapas na vida adolescente. Esta é a premissa de 13 Reasons Why.

A série 13 Reasons Why estreou em 2017 na Netflix

A depressão, alcoolismo, mentira, violência física e abusos sexuais são apenas algumas das temáticas exploradas na primeira temporada que culmina com um suicídio gráfico. Com efeito, é uma série que pode ferir algumas suscetibilidades, não devendo ser encarada, ou vista, de ânimo leve.

Isto é um tópico da mais extrema importância. Nós estamos a trabalhar arduamente para garantir que lidamos da forma adequada e responsável com este tema sensível. Assim se pronunciou a Netflix sobre o estudo académico.

Em causa estão as conclusões de um estudo publicado na última segunda-feira (29). A sua autoria pertence à academia americana de psiquiatria adolescente e pediátrica (AACAP). Assim, de acordo com as conclusões da investigação, houve um aumento da taxa de suicídios entre jovens masculinos entre os 10 e 17 anos.

Estudo aponta aumento de suicídios após a estreia de 13 Reasons Why

Houve um aumento nos suicídios nos EUA entre os jovens da faixa etária compreendida entre os 10 e 17 anos no mês após a estreia da série 13 Reasons Why – conclui o estudo. Recomenda-se cautela na exposição de crianças e adolescentes a esta série.

O estudo não confirmou se qualquer um desses jovens que poriam termo à vida assistiu, ou não, à série exibida na Netflix e já a caminho da sua terceira temporada. Já, por outro lado, a Netflix afirma que este estudo acaba por contrariar as conclusões de outro estudo publicado pela universidade norte-americana da Pensilvania.

Estamos a par do novo estudo e estamos a analisar a investigação uma vez que entra em contradição com um estudo recente da Universidade da Pensilvania – afirmou um porta-voz da Netflix.

Por sua vez, este último estudo encontrou um risco maior de suicídio nos espetadores que parassem de ver a segunda temporada, sem chegar ao fim. Nesse sentido, apontam também uma tendência para o pessimismo e maus prognósticos para o seu futuro. Tendência que não se verificou em quem viu a temporada até ao fim.

O estudo da Universidade da Pensilvania aponta ainda alguns destaques positivos da série. De acordo com a sua investigação, quem assistiu a todos os episódios está mais propenso a ajudar alguém em dificuldades. Esse foi um dos pontos apurados. Perante a exibição de cenas de automutilação e suicídio, a série criou um alerta.

A série alerta e sensibiliza vários problemas do foro psicológico

Desse modo, quem acompanhou todos os seus episódios estará mais sensível à temática. Assim, está mais apto e inclinado a ajudar quem apresentar tendências suicidas. Aliás, este foi um dos objetivos inerentes à produção e realização de toda a série da Netflix. Agora, vai a caminho da sua terceira temporada, mantendo-se popular.

Já teve oportunidade de ver esta série?

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