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Casa dos Reclamos – a publicidade ainda é o que era?

Os primeiros reclamos foram feitos à mão, mas hoje, 30 anos depois, as histórias contam-se de forma diferente. No sentido de acompanhar a mudança da sociedade e responder às suas cada vez mais estreitas exigências, a publicidade precisou de se reinventar. Na Casa dos Reclamos (CdR), o compromisso mantém-se: “comunicar os valores das marcas”. Enquanto referência nacional em matéria de suportes publicitários, fomos tentar descobrir, junto da CdR, se a publicidade ainda é o que era.


A Casa dos Reclamos foi fundada em 1988 por Francisco Abreu Luís e é, hoje, uma referência nacional na produção e implementação de todo o tipo de suportes publicitários.

Por adotar políticas de produção modernas e tecnologia de ponta, oferece serviços “chave-na-mão” e é casa de uma equipa multidisciplinar que eleva a publicidade a outros patamares.

Pela sua experiência no ramo da publicidade, fomos perceber se esta (aos olhos de muitos) arte ainda é o que era. Fique com a entrevista completa:

 

#1

| Com o apogeu das novas tecnologias, a publicidade exterior, luminosa, gráfica e urbana, ainda terá o efeito surpresa, curiosidade e admiração de outrora?

Independentemente da chegada das novas tecnologias, a publicidade tida como tradicional irá sempre manter o seu destaque. Tanto mais que são já muitas as soluções tecnológicas que se incorporam nos tradicionais meios de publicidade.

 

#2

| As novas tecnologias, como os materiais mais resistentes, novas formas de trabalhar a imagem e formas de impressão, estarão a moldar o conceito de publicidade?

Definitivamente esse será o caminho e cada vez mais veremos soluções que outrora apenas seriam executadas por mãos humanas e que cada vez mais encontram solução junto da tecnologia.

 

#3

| Uma tecnologia que tem estado a crescer e a evoluir tecnicamente é a impressão 3D. Até onde este tipo de equipamento e tecnologia influencia a forma de desenvolver os outdoors?

Não será tanto na forma de desenvolver a solução de publicidade em si, mas de lhe aumentar as capacidades de evolução. Quero com isto dizer as capacidades criativas, que sem sombra de dúvida passam para outro patamar onde se poderá afirmar que tudo é possível.

 

#4

| No caso da CdR, a impressão 3D com ligas de metal, poderá fazer a diferença num mercado que é tão exigente e efémero?

Nós acreditamos que esse poderá ser um salto qualitativo e diferenciador na nossa oferta de soluções. Só assim faz sentido o investimento.

 

#5

| Com os ecrãs a ilustrar fachadas, a publicidade estática ainda tem espaço?

Terá sempre o seu espaço; não são meios publicitários incompatíveis.

 

#6

| Vemos hoje uma carga massiva de publicidade digital, cuja implementação é cada vez mais feroz. A publicidade gráfica, estática, que vemos nas fachadas, mupis, veículos de transporte, e outros sítios do dia a dia urbano, beneficia ou é prejudicada quando está em causa a atenção do “hipotético” consumidor?

Sai claramente reforçada e os dados estatísticos apontam nesse sentido. Os meios tradicionais de comunicação em conjunto com os digitais continuam a ocupar um lugar de destaque na opção das marcas e das agências de meios.

 

#7

| A CdR trabalha para algumas das maiores empresas a operar em Portugal, como o IKEA, Mercadona, Continente, etc… Estas empresas hoje exigem uma estratégia de publicidade diferenciada do que fazem online ou a publicidade estática é uma continuidade do que desenham para o mundo digital?

São hoje dois mundos que não têm essa diferenciação, podem pontualmente ter campanhas que pela sua especificidade só funcionam no digital, mas por norma os dois universos comunicam em conjunto.

 

#8

| Falando da pegada ambiental, a CdR tem esse cuidado? Que tipo de alterações concretizou para que o produto final fosse mais amigo do ambiente, sem perder a qualidade?

Todo o nosso processo produtivo sofreu alterações e continua a sofrer melhorias com vista a diminuir a pegada ecológica. Esse é um desígnio que assumimos principalmente para nós mesmos e que passamos aos nossos clientes.

 

#9

| Com tantos estímulos vindos de todo o lado, que tipo de trabalho é necessário para que a publicidade que vemos nas fachadas dos edifícios, no metro, nos comboios e aviões, possa destacar-se, de modo a não passar despercebida aos nossos olhos?

Claro que esse trabalho também é nosso no momento da produção e da montagem, pese embora os criativos têm um papel fundamental no sucesso final das campanhas ou das soluções que idealizam. A nós cabe-nos garantir uma execução perfeita e que vá ao encontro da solução pensada.

 

#10

| Aos olhos dos criativos da Casa dos reclamos, como será a evolução desta área de publicidade nos próximos 10 anos?

É difícil pensar e dar uma resposta que seja segura, quando estamos a pensar em criativos e num mercado onde eles ditam regras, mas acredito cada vez mais que veremos soluções tecnologicamente integradas, novos processos produtivos, materiais mais amigos do ambiente e uma cada vez maior interação dos meios com o seu público-alvo.

As marcas vão querer estar próximas dos seus clientes e acreditamos que vão continuar a apostar na criatividade e em soluções de publicidade como as que hoje conhecemos, mas com uma roupagem e com preocupações – ambientais e outras – cada vez mais asseguradas.

 

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