Com uma crise de energia esperada para este inverno, muitos países da Europa têm planos para esta situação e a Suíça parece estar entre estes. Esta situação poderá ser muito complicada em alguns cenários e as medidas começam agora a ser conhecidas.
No caso da Suíça, e do que tem sido noticiado, este plano tem várias fases bem definidas e uma das primeiras passa por limitar os carros elétricos e a sua utilização. O plano vai mais longe e pode até aplicar restrições em serviços de streaming e outros dispositivos tecnológicos.
Suíça prepara-se para a falta de energia
A guerra na Ucrânia tem causado muitos problemas aos países da Europa, que dependem muito da energia que a Rússia fornece. Esta é uma situação que se conhece desde o início deste conflito, mas que apenas agora está a começar a ser uma realidade em muitos países.
Com ideias bem definidas, a Suíça está a preparar-se para os piores cenários, tendo já em estudo as medidas que podem ser tomadas. Este plano tem duas fases, dependendo da gravidade, e passa por um primeiro estágio de emergência e um segundo de crise. Cada um destes tem vários níveis.
Carros elétricos são primeiras vítimas
No primeiro cenário, caso venha a ser implementado, os carros elétricos podem ser as primeiras vítimas. A sua utilização terá de ser reduzida ao essencial, como deslocações para o emprego, visitas a médicos e outras. Em resumo, todas as viagens não essenciais.
Na segunda fase, mais crítica, o governo da Suíça poderá ter de tomar medidas ainda mais restritivas. Aqui entram em ação a proibição de uso de consolas, e de outros dispositivos, bem como a redução da qualidade de serviços de streaming, para baixar os consumos de centros de dados.
Fases dependem dos problemas que surgirem
A Suíça obtém cerca de 60% da sua energia de centrais hidrelétricas que dependem fortemente do derreter da neve durante a primavera e o verão. Como resultado, estas são muito menos ativas nos meses de inverno. Há ainda uma parte significativa de produção com recurso a centrais nucleares.
Por enquanto, esta parece ser ainda uma proposta que está a ser estudada, mas que tem a robustez para ser colocada em prática num futuro próximo. Tudo dependerá da forma como a falta de energia evoluir e se as medidas mais básicas não se mostrarem suficientes e eficientes.